Segundo novos dados, mais de um terço das aproximadamente 220 mil pessoas presas por agentes do ICE nos primeiros nove meses do governo Trump não possuíam antecedentes criminais. Os dados, que incluem prisões realizadas pelo ICE entre 20 de janeiro e 15 de outubro, mostram que quase 75.000 pessoas sem antecedentes criminais foram detidas em operações de imigração que, segundo o presidente e seus principais assessores, têm como alvo assassinos, estupradores e membros de gangues.
Os dados são coletados por um escritório interno do ICE que gerencia informações sobre prisões, detenções e deportações. O governo deixou de publicar regularmente informações detalhadas sobre prisões realizadas pelo ICE em janeiro.
No caso de detidos com antecedentes criminais, os dados não distinguem entre aqueles com histórico de delitos menores e aqueles que cometeram crimes mais graves, como estupro e assassinato, que o governo afirmou ter como alvo.

Os números não incluem as prisões efetuadas pela Patrulha da Fronteira, que lançou operações agressivas de imigração em diversas cidades, incluindo Chicago, Los Angeles e Charlotte, na Carolina do Norte. Atualmente, estão em curso operações da Patrulha da Fronteira em New Orleans.
A Patrulha da Fronteira e o ICE fazem parte do Departamento de Segurança Interna, mas são duas agências diferentes com missões distintas. Os agentes da Patrulha da Fronteira geralmente operam ao longo das fronteiras sul e norte, mas centenas deles foram recentemente enviados para o interior dos Estados Unidos para rastrear imigrantes indocumentados.
Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna não respondeu aos pedidos de comentários. Os escritórios locais do ICE têm estado sob intensa pressão para aumentar as prisões.
Em meados de maio, o chefe de gabinete adjunto da Casa Branca, Stephen Miller, ameaçou demitir altos funcionários do ICE se eles não começassem a prender pelo menos 3.000 migrantes por dia.
No entanto, os novos dados mostram que o ICE ainda está longe de atingir esses objetivos.
De acordo com os dados, os agentes do ICE realizaram uma média de 824 prisões por dia desde 20 de janeiro. Esses números ainda são mais que o dobro da média diária de prisões durante o governo Biden em 2014, quando o ICE prendeu 312 pessoas por dia.
Os dados também revelam que aproximadamente 90% dos detidos pelo ICE até meados de outubro eram homens. Os cidadãos mexicanos representaram a maioria do total de prisões, com cerca de 85.000, seguidos pelos guatemaltecos com 31.000 e pelos hondurenhos com 24.000.
Mais de 60% dos detidos tinham entre 25 e 45 anos.
Os dados não esclarecem quantos dos detidos foram deportados, mas 22.959 constam na categoria de “saída voluntária”, o que significa que deixaram os Estados Unidos por vontade própria.
O Serviço de Imigração e Alfândega mantém atualmente 65.000 migrantes em centros de detenção em todo o país, de acordo com dados do Departamento de Segurança Interna publicados online.
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