Pedro Martins, que ingressou no santos ao final de 2024, deixou o cargo de CEO após uma breve passagem de cinco meses. Nesta terça-feira, Martins formalizou sua saída, um descontentamento que se acentuou após a decisão da diretoria de restringir suas funções a questões administrativas, excluindo sua participação ativa no CT Rei Pelé.
A decisão da diretoria repercutiu negativamente para Martins, que optou por não acompanhar a equipe na viagem a Salvador, onde o Santos enfrentou o Vitória no último domingo. A instabilidade durante sua gestão e as frustrações com sua atuação culminaram nesta demissão, que também resultou na escolha da diretoria por não nomear um sucessor para a posição.
Com a saída de Martins, o Santos evita pagar a multa rescisória de R$1,5 milhão, equivalente a cinco meses de salários do ex-CEO.
CONTROVÉRSIAS E DESAFIOS
A passagem de Pedro Martins pelo Santos foi marcada por contratações polêmicas, incluindo o atacante Gabriel Veron. O atleta,ex-Cruzeiro,não conseguiu se consolidar como titular e protagonizou incidentes de indisciplina,sendo punido por atrasos e falta de preparo físico durante os treinos.
outro ponto crítico foi a contratação do técnico Pedro Caixinha, demitido em abril devido ao baixo desempenho do time. A rescisão de seu contrato gerou gastos que ultrapassaram R$ 15 milhões.
Entre as contratações que também geraram controvérsia estão Léo Godoy, Zé Ivaldo, Thaciano e Tiquinho Soares, que não conseguiram agradar a torcida nas partidas.
Há 100 dias no cargo, Martins promoveu uma coletiva que muitos esperavam ser dedicada ao anúncio de um novo treinador. Em vez disso, ele abordou questões internas que descontentaram tanto a diretoria quanto a torcida, ao afirmar que a paixão excessiva dos fãs santistas pelo passado poderia prejudicar o clube.
Essas declarações comprometeram as negociações para trazer Jorge Sampaoli, que se encontrava em discussões avançadas com o clube. Após isso, a escolha de Cleber Xavier como novo técnico, um profissional sem experiência como treinador principal, gerou mais descontentamento entre os torcedores, que esperavam uma solução mais experiente.
Martins ainda defendeu sua gestão ao mencionar o trabalho em mais de 50 contratos de jogadores, entretanto, suas justificativas não conseguiram conquistar a confiança da torcida.
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