De festas a doces ou travessuras, Reese Davis, de 18 anos, sempre amou o Halloween. Mas para ele, usar uma fantasia era mais do que divertido – era uma forma de se encaixar. Ele diz que o Halloween sempre foi o dia em que ele se sentia normal, como todas as outras criancas. Ele sentia que pertencia a um grupo como todos os outros ao inves de ser a criança na cadeira de rodas.
Quando Reese pediu a seu pai, Lon, para fazer sua primeira fantasia de cadeira de rodas, há 15 anos, nenhum dos dois tinha ideia das portas que isso abriria para Reese e crianças como ele em todo o país. Hoje, o seu trabalho inspirou um movimento crescente por mais inclusão e acessibilidade no Halloween.
Reese nasceu com neuroblastoma em estágio 4, um câncer raro em crianças pequenas, e o tumor em seu pescoço esmagou sua medula espinhal. Em remissão desde seu primeiro aniversário, Reese ganhou sua primeira cadeira de rodas aos três anos de idade – mesmo ano em que começou a pré-escola. Mas as outras crianças da turma não sabiam como interagir com ele na cadeira e ficavam longe.
Para o desfile de Halloween da escola, Reese queria se vestir como o robô WALL-E da Pixar, mas não havia muitas fantasias pré-fabricadas e de design acessível disponíveis. Reese e Lon perceberam que teriam que fazer os suas próprias fantasias. Embora Lon tenha estudado desenho 2D na faculdade, construir em 3D era totalmente novo para ele. Determinado a descobrir isso, ele aprendeu na hora, sendo criativo com uma caixa de papelão para computador e um pouco de tinta.
Por causa da primeira fantasia usada na escola, Reese se sentiu o garoto mais popular da classe, todos queriam almocar com ele ou sentar ao lado dele na sala de aula, disse Lon. Mesmo animacao do Halloween tendo passado, as criancas da escola tiveram a chance de ver que Reese era como eles.
O sucesso das fantasias era tao grande que todos ansiavam para descobrir o que seria no ano seguinte. E acabou viralizando nas redes sociais e chamando a atenção de pessoas por todo o país.
Quando Reese completou 10 anos, ele disse ao pai que queria começar a fazer fantasias para outras crianças em cadeiras de rodas e andadores. Com o custo dos materiais em média de US$ 250 por fantasia, eles seguiram o caminho sem fins lucrativos para que as famílias não tivessem que arcar com os encargos financeiros.
Reese e Lon lançaram uma campanha no Kickstarter. Eles “não tinham ideia” de que alcançariam sua meta de arrecadação de fundos em apenas dois dias, muito menos arrecadariam dinheiro suficiente para ganhar mais que o dobro do número de fantasias que pretendiam inicialmente.
As fantasias são feitas em Kansas City e especificamente para a cadeira de rodas da criança, e cada cadeira de rodas é diferente devido às necessidades da criança. A organização sem fins lucrativos também considera o tamanho do carro da família e a quantidade de espaço de armazenamento que ela tem em casa. Embora cada fantasia seja feita sob medida, todas obedecem a três regras funcionais: primeiro, a fantasia deve ser leve, pois a maioria dos destinatários utiliza cadeiras manuais e não motorizadas que eles próprios impulsionam; em seguida, a fantasia deve ser fácil de colocar e tirar, para que os pais possam ajudar rapidamente as crianças a ir ao banheiro ou transferi-las para uma cadeira diferente; e, finalmente, a fantasia deve passar pelas portas – uma lição que Lon e Reese aprenderam com a primeira fantasia de WALL-E.
As fantasias permanecem gratuitas para as famílias que as recebem. Isso é possível através da generosidade das pessoas. Cada criança tem uma história. Leia a deles fazendo uma doação nas páginas individuais. Mas se você preferir doar para Walkin’ & Rollin’ Costumes e ajudar a pagar vários trajes, clique no website walkinrollin.org/kids
Reese vai cursar no próximo ano a Universidade do Arizona, com uma bolsa de rugby em cadeira de rodas. Inspirado por seus anos projetando e construindo fantasias, ele planeja estudar engenharia. Seu objetivo é trabalhar para a Disney para ajudar a tornar seus parques temáticos mais acessíveis.
O post Pai e filho tornam o Halloween acessível para crianças com deficiência, criando fantasias personalizadas apareceu primeiro em Brazilian Magazine.
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