JSNEWS – Há cerca de dois anos, um conselho de liberdade condicional do estafo da Califórnia votou pela libertação do jordaniano de origem palestina, Sirhan Sirhan, o assassino de Robert F. Kennedy, mas a decisão foi anulada pelo governador Gavin Newsom (Dem.).
Sirhan comparecerá novamente perante o conselho da condicional nessa quarta-feira numa audiência na prisão federal no condado de San Diego, o conselho vai analisar se ele pode ser posto em liberdade condicional.
Mesmo que o conselho determine que Sirhan possa ser posto em liberdade, sua advogada, Angela Berry, disse que não espera o governador da Califonia mude sua opinião por causa de sua “afinidade com Robert F. Kennedy”, a quem Newsom citou como um “herói político“.
A audiência do conselho de liberdade condicional ocorre quase seis meses depois que advogada pediu a um juiz do condado de Los Angeles que revertesse a negação de Newsom.
O caso está em andamento.
Newsom rejeitou a condicional de Sirhan em 2022, alegando que ele continua sendo uma ameaça para o público e continua negando a responsabilidade por um crime que mudou a história americana.
Angela Berry disse que o seu cliente tem 78 anos, que passou mais de 54 anos na prisão, não é um perigo para a sociedade dos Estados Unidos e deve ser libertado. Ela disse que esse será o ponto principal que ela e Sirhan apresentarão ao conselho novamente.
“O conselho de liberdade condicional da Califórnia acreditou que meu cliente é adequado para a condicional a cerca de dois anos e de lá pra cá nada mudou”, disse Angela Berry. “Ele continuou a mostrar nesse período um ótimo comportamento.”
Em uma mensagem de 3 minutos e meio reproduzida durante uma coletiva de imprensa realizada por Angela Berry em setembro, Sirhan disse que sente remorso todos os dias por suas ações. Foi a primeira vez que a voz de Sirhan foi ouvida publicamente desde uma audiência de liberdade condicional televisionada em 2011, antes que a Califórnia proibisse gravações de áudio ou visuais de tais procedimentos.
“Para transformar esse peso em algo positivo, dediquei minha vida ao autoaperfeiçoamento, orientando outras pessoas na prisão sobre como viver uma vida pacífica que gira em torno da não-violência”, disse ele. “Ao fazer isso, garanto que nenhuma outra pessoa será vitimada por minhas ações novamente.”
Sirhan atirou em Kennedy momentos depois que o senador de Nova York reivindicou a vitória nas primárias presidenciais democratas da Califórnia em 1968. Ele feriu outras cinco pessoas durante o tiroteio no Ambassador Hotel em Los Angeles.
Sirhan foi originalmente condenado à morte, mas a sentença foi comutada para prisão perpétua quando a Suprema Corte da Califórnia proibiu brevemente a pena de morte em 1972.
Ele teve a liberdade condicional negada 15 vezes até 2021, quando o conselho recomendou sua libertação.
O irmão mais novo de Sirhan, Munir Sirhan, disse que seu irmão pode morar com ele em Pasadena, Califórnia, caso seja post em liberdade condicional. Sirhan Sirhan renunciou ao seu direito de lutar contra a deportação para sua terra natal, a Jordânia.
Angela Berry entrou com um pedido de habeas corpus de 53 páginas pedindo ao juiz que declarasse que Newsom violou a lei estadual, que afirma que os presos devem ser postos em liberdade condicional, a menos que representem um risco de segurança pública. Leis recentes da Califórnia também exigiam que a comissão da condicional possa considerar que Sirhan cometeu o crime ainda jovem, aos 24 anos, e que agora é um prisioneiro bem mais velho. A advogada está contestando o veto do governador dizendo que se trata de um “abuso discricionário”, e também de uma negação do direito constitucional de Sirhan ao devido processo legal além de uma “violação da lei da Califórnia”. Ela também alega que Newsom distorceu os fatos em sua decisão.
Newsom anulou dois podidos aprovados de liberdade condicional e sua assessoria não comentou o caso.
A família Kennedy, a viúva de Robert F. Kennedy, Ethel Kennedy, e seis dos nove filhos sobreviventes declararam-se contra à liberdade condicional de Sirhan Sirhan, o advogado que representa esses membros da família deve apresentar seus argumentos contrários a libertação do prisioneiro.
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