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Desde 2014, 56.771 pessoas morreram em todo o mundo tentando emigrar para outro país. Desse total, 27.565 perderam sua vida no Mediterrâneo, aponta o do “Projeto de Imigrantes Desaparecidos (MMP)”
Da Redação – Mar Mediterrâneo registra o maior número de imigrantes mortos desde 2017. Dados divulgados pelo do “Projeto de Imigrantes Desaparecidos (MMP)”, da “Organização Internacional para as Migrações (OIM)”, apontou que 3.789 pessoas morreram tentando emigrar para países europeus, índice 11% superior ao registrado no ano anterior. Trata-se do maior número de mortes desde 2017, quando 4.255 mortes foram registradas.
Segundo autoridades, o Mediterrâneo é o ponto da maior crise imigratória, com milhares de pessoas tentando cruzar o oceâno, a partir do Norte da África e Oriente Médio rumo à Europa em busca de trabalho, fugindo de guerras e conflitos armados. A região é responsável por mais da metade do total de 6.877 mortes registradas em todo o mundo pelo MMP.
Uma área complexa, banhando vários países e de onde podem aportar navios em diferentes posições. A situação piorou a partir de 2011, quando a guerra civil na Síria fez com que milhões de pessoas deixassem o país. A maior parte acabou sendo abrigada em campos de refugiados na Turquia, outra parcela seguiu pelo Mediterrâneo.
O Líbano, que enfrenta uma das maiores crises econômicas de sua história, tem sido um dos pontos de partida de imigrantes. Levantamento aponta que aos menos 174 pessoas morreram tentando chegar à Grécia ou à Itália.
Desde 2014, 56.771 pessoas morreram em todo o mundo tentando emigrar para outro país. Desse total, nada menos que 27.565 perderam sua vida no Mediterrâneo, quase o mesmo número de todas as outras regiões do globo somadas (29.206).
Tráfico de pessoas
Outro problema gravíssimo derivado dessa crise imigratória é o tráfico de pessoas. Países como Líbia recebem centenas de milhares de pessoas, que passam pelas suas fronteiras como parte da rota até a Europa. Cerca de 690 mil pessoas aguardam a chance de partirem para o outro lado.
Os mais recentes acontecimentos mostram que 2023 será ainda mais preocupante. Somente no primeiro semestre foram registrados 1.807 mortes e desaparecimentos. Embora não haja um número preciso sobre os mortos, o número de pessoas não resgatadas é altíssimo.
Também em junho houve o desaparecimento de 500 pessoas, incluindo 56 crianças e muitas mulheres grávidas, que estavam em uma embarcação próximo de Malta. Vários dias de buscas se passaram e até agora não houve nenhum registro do navio ou de seus ocupantes.
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