No corredor da morte, prisioneiro se recusa a testar moderno método de execução no Alabama

EUA

• 09/26/2023
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JSNEWS — Um preso, que esta no corredor da morte no estado americano do Alabama, poderá ser o primeiro condenado a testar um novo método de execução, a hipóxia por Nitrogênio, pediu a seus advogados que entrassem com uma petição para que fosse negado o pedido da promotoria estadual para cumprir sua sentença de morte usando esse moderno método para mata-lo.

A petição que feita nessa ultima sexta-feira, os advogados do prisioneiro Kenneth Eugene Smith pediram à Suprema Corte do Alabama que rejeitasse a solicitação do procurador-geral do estado para definir a data da execução do prisioneiro por hipóxia de nitrogênio, um método de execução usando Nitrogênio que já é autorizado em outros estados americanos, Oklahoma e Mississippi, mas que ainda não utilizaram esse método para execução.

Os advogados de Smith argumentaram que o estado divulgou poucas informações sobre esse tipo de execução liberando apenas uma cópia do protocolo de execuções naquele no Alabama.

“O estado procura fazer do Sr. Smith ‘um piloto de teste’ para a primeira tentativa de execução utilizando um método não testado e lançado recentemente para executar pessoas condenadas pelo novo método de hipóxia de nitrogênio”, escreveu os advogados de Smith.

De acordo com o método proposto, a hipóxia que a privação de oxigênio, seria causada forçando o preso a respirar apenas nitrogênio, retirando o oxigênio de um ambiente em que  prisioneiro estaria confinado causando-lhe o morte.
O nitrogênio compõe 78% do ar inalado pelos seres humanos e é inofensivo ao ser inalado com oxigênio. Embora os proponentes do novo método tenham teorizado que seria indolor, os oponentes o compararam à uma ‘experimentação com seres humanos’.
Os advogados disseram que Smith “já foi submetido a uma tentativa de execução fracassada” em novembro, quando o estado do Alabama tentou matá-lo com uma injeção letal, naquela ocasião, o Departamento de Correções Estadual cancelou a execução quando a equipe encarregada de mata-lo não foi bem sucedido após diversas tentativas.

Seus advogados acrescentaram que Smith tem feito apelos contínuos de sua sentença e acusou o Estado do Alabama de tentar coloca-lo para “frente da fila de execuções”  uma vez que outros prisioneiros que também aguardam a execução, poderiam ser mortos por esse método inovador.

Trip Pittman, ex-senador estadual do Alabama pelo partido Republicano, foi quem propôs o novo método de execução, ele contestou as críticas sobre o método e argumentou que, embora nenhum estado tenha cumprido uma sentença de morte usando nitrogênio, muitas pessoas morreram respirando nitrogênio durante acidentes industriais e em tentativas de suicídio, de modo que a eficácia do Nitrogênio para causar a morte são bem conhecidas.

Kenneth Eugene Smith foi condenado pelo assassinato de Elizabeth Sennett em 1988, no Condado de Colbert, no Alabama.

Os promotores disseram que Smith era um dos dois homens que receberam $ 1.000 para matar Sennett a mando do marido dela que estava profundamente endividado e queria receber um seguro de vida. O outro homem condenado por participação no assassinato foi executado em 2010.
De acordo com documentos do tribunal, Charles Sennett, marido da vítima e pastor da Igreja de Cristo, tirou a própria vida quando a investigação começou a se concentrar nele como um possível suspeito.

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