O dólar abriu o mês de junho em alta mas caiu nos dias 02 e 03/06 enquanto o mercado seguia de olho em dados sobre a produção industrial brasileira e o desemprego nos Estados Unidos. A moeda fechou em queda de 0,20%, a R$ 4,7787.
O mês de maio foi de bastante oscilação para a moeda. Após iniciar abril em queda e sustentar valores abaixo de R$5,00 por aproximadamente duas semanas, o dólar voltou a subir nos primeiros dias de maio refletindo a alta de juros nos Estados Unidos e também no Brasil.
Até o dia 16/05 a moeda fechava a cotação acima de R$5,00 – chegando a bater R$5,14 no dia 12/05. Entre muitas altas, a partir do dia 17/05 o dólar voltou a cair e desde então encerrou abaixo de R$5 em todas as cotações.
A possibilidade de altas mais fortes das taxas nos EUA vinha assustando investidores de mercados emergentes porque, no geral, esse movimento drena recursos desses países. O resultado é um fortalecimento do dólar, uma vez que mais investidores convertem suas divisas de origem para a dos EUA.
Com as reavaliações iniciais sobre os passos do Fed, contudo, operadores passaram a desmontar parte das posições construídas em cima da tese de aperto monetário mais decisivo, o que tem ditado uma correção do dólar.
No Brasil, o IBGE divulgou mais cedo o resultado da produção industrial em abril, que apontou alta de apenas 0,1%, impactada pela alta dos preços das matérias primas, falta de insumos e restrições de oferta. Na véspera, o instituto mostrou que a economia brasileira cresceu 1% no 1º trimestre, puxada pelo setor de serviços.
No exterior, o foco do dia está nos dados sobre criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos em maio: segundo o Departamento do Trabalho, foram criadas 390 mil vagas no mês passado – acima do esperado pelos analistas –, e o desemprego permaneceu em 3,6%, indicando que o Federal Reserve (o BC dos EUA) pode ter espaço para seguir aumentando os juros para conter a inflação em alta.
Fazendo um retrospecto rápido, o dólar começou o ano de 2021 cotado a R$5,21, no dia 9 de março chegou a maior cotação até então batendo R$5,84, e no dia 29 de março bateu R$5,77 (segunda maior cotação do ano). E em meados da última semana de junho bateu a menor cotação do ano cotado a menos de R$4,90.
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