Mulher é a primeira do mundo a ter diabetes revertida, aponta estudo
Um estudo recente publicado na renomada revista Cell revelou um avanço impressionante no tratamento do diabetes. Uma mulher se tornou a primeira paciente no mundo a ter seu diabetes revertido com sucesso após passar por uma cirurgia inovadora. O procedimento foi realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Pequim, na China.
O tratamento revolucionário
No procedimento realizado em junho de 2023, os pesquisadores injetaram ilhotas produtoras de insulina nos músculos abdominais da paciente, que até então necessitava de grandes quantidades de insulina para controlar sua condição. Essa abordagem diferenciada permitiu o acompanhamento das células através de ressonância magnética, proporcionando maior controle e possibilidade de remoção em caso de necessidade.
Células-tronco reprogramadas
A técnica utilizada pelos cientistas chineses consistiu em reprogramar células retiradas do próprio corpo da paciente para um estado pluripotente, o que possibilitou moldá-las em ilhotas produtoras de insulina. Esse processo inovador dispensou a necessidade dos tradicionais transplantes com uso de imunossupressores e abriu novos horizontes no tratamento do diabetes tipo 1.
Resultados promissores
O sucesso desse caso único abre caminho para novas possibilidades no combate ao diabetes e traz esperança para milhões de pessoas afetadas pela doença em todo o mundo. Os resultados alcançados foram descritos como “impressionantes” pelo renomado cirurgião James Shapiro da Universidade de Alberta, Canadá.
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Mulher com diabetes tipo 1 reverte produção de insulina após transplante de células-tronco
Após um ano, uma mulher que recebeu um transplante de células-tronco começou a produzir insulina suficiente para viver sem necessidade de reforços. Os níveis de glicose no sangue permaneceram estáveis por mais de 98% do dia, indicando um sucesso notável no tratamento da diabetes.
Resultados promissores
Daisuke Yabe, pesquisador da Universidade de Kyoto, considera os resultados surpreendentes e espera que possam ser aplicados a outros pacientes com diabetes tipo 1. No entanto, Jay Skyler, endocrinologista da Universidade de Miami, ressalta a importância da replicação dos resultados em mais pessoas para confirmar sua eficácia a longo prazo.
Os testes realizados até o momento mostraram resultados positivos também para dois outros participantes do estudo. O próximo passo é expandir o teste para mais indivíduos e observar como as células-tronco continuam a agir ao longo do tempo.
Desafios futuros
Embora os imunossupressores tenham sido utilizados durante o transplante anterior da paciente, ainda há questões sobre como as novas células iPS podem ser afetadas pela condição autoimune presente em pacientes com diabetes tipo 1. A equipe está trabalhando no desenvolvimento de estratégias para evitar possíveis ataques do sistema imunológico às células transplantadas.
A paciente beneficiada pelo transplante completa um ano desde o procedimento e celebra sua liberdade alimentar: “gosto especialmente de ensopado”, revela ela anonimamente.