Os quatro corpos de imigrantes indianos estavam congelados, e Steven Shand, de 47 anos, segundo a polícia, recebeu dinheiro para atravessa-los clandestinamente. Morador da Flórida Central, ele foi preso e enfrenta acusações de tráfico humano. Shand teve sua primeira audiência marcada para esta segunda-feira, 24 de janeiro
Da Redação
Aliciadores de brasileiros para atravessarem a fronteira do México – enfrentando o deserto para entrar nos EUA –, é uma prática há muitos anos combatida. Mas, essa prática abusiva também ocorre na fronteira gelada do Canadá, onde, ao contrário do calor desértico, o frio é o pior inimigo. Fato que tirou a vida de uma família indiana – um homem, uma mulher, um bebê e um adolescente –, que morreu congelada na província canadense de Manitoba, a poucos metros do território americano. Tentavam entrar ilegalmente nos EUA.
Sim, existe um culpado para essa tragédia. Trata-se de Steven Shand, de 47 anos, segundo a polícia, que recebeu dinheiro para atravessar clandestinamente os imigrantes, todos cidadãos indianos. Steven reside no condado de Deltona, na Flórida Central. Ele foi preso e enfrenta acusações de tráfico humano. Shand teve sua primeira audiência marcada para esta segunda-feira, 24 de janeiro.
Antes de encontrar os corpos, os policiais de Minnesota observaram Shand dirigindo uma van com quinze pessoas. Ele foi parado e os agentes descobriram que os passageiros eram indocumentados. Shand foi levado para uma prisão e os indianos para uma estação da patrulha da fronteira.
Mais tarde, as autoridades dos EUA encontraram mais cinco cidadãos da Índia caminhando sob uma temperatura de -35°F. Eles explicaram que vieram do país vizinho e atravessaram a fronteira esperando que uma pessoa passasse para buscá-los.
O grupo também disse que estava andando há 11 horas e uma família que estava com eles se perdeu durante a noite. Os quatro corpos foram achados em uma área agrícola totalmente desabitada. “Essas pessoas enfrentaram não apenas a longa caminhada em campos sem fim, mas grandes nevascas e escuridão total”, disse a oficial da polícia canadense Jane MacLatchy, em entrevista coletiva.