Recentemente, o governo dos Estados Unidos introduziu uma nova exigência para migrantes sem passaporte que desejam embarcar em voos domésticos: a submissão ao reconhecimento facial. A mudança gerou confusão entre migrantes e grupos de defesa no sul do Texas durante esta semana.
Embora não tenha sido especificada a data exata da implementação, vários estrangeiros que pegaram voos saindo do sul do Texas relataram a grupos de defesa, na terça-feira (16), que foram surpreendidos ao pensar que estavam sendo rejeitados. Entre estes indivíduos, estavam aqueles que utilizaram o sistema de agendamento online do governo para procedimentos de imigração, bem como aqueles que cruzaram a fronteira EUA-México de forma irregular e foram posteriormente liberados para continuar seus casos de imigração.
De acordo com a Administração de Segurança de Transporte (TSA), a atualização do procedimento foi recente e não em resposta a uma ameaça específica à segurança. Se o estrangeiro não se submeter à tecnologia, ou se a TSA não conseguir comparar sua identidade com os registros do Departamento de Segurança Interna, seu embarque será negado, disse a agência à AP News. Indivíduos que também não possuem match com o aplicativo CBP One, utilizado como sistema de agendamento e upload de documentos na fronteira e em outros locais, também terão o acesso negado.
A dependência das companhias aéreas por parte dos migrantes e das comunidades situadas na fronteira EUA-México aumentou significativamente, já que muitos buscam chegar a outras cidades onde têm amigos e familiares, a fim de prosseguir com seus pedidos de imigração, frequentemente sob orientação da Patrulha da Fronteira.
O reverendo Brian Strassburger, diretor executivo dos Ministérios Jesuítas de Fronteira Del Camino, descreveu a implementação repentina dessa nova regra como angustiante para muitos migrantes, destacando que antes era possível embarcar em voos com documentos fornecidos pela Patrulha da Fronteira.
Apesar das incertezas e preocupações levantadas, alguns migrantes relataram ter conseguido passar pelo novo procedimento com relativa facilidade, como o caso de uma mulher equatoriana que viajava com seu filho e permitiu que os policiais tirassem uma foto dela no posto de controle da TSA, possibilitando assim seu embarque sem complicações.
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