A experiência de Lisa Anderson, uma médica respeitada, lança uma perspectiva inquietante sobre as novas diretrizes de imigração nos Estados Unidos. Nos últimos anos, as políticas implementadas pela administração Trump têm gerado confusão não apenas entre imigrantes, mas também entre cidadãos americanos, como é o caso dela. A prioridade do governo tem sido a deportação de estrangeiros sem documentação, mas o sistema frequentemente falha, incluindo indivíduos cujos direitos estão garantidos pela cidadania.
Lisa,natural da Pensilvânia e residente em Connecticut,compartilhou uma experiência alarmante após receber um e-mail que inicialmente considerou ser spam. A mensagem, que se revelou verdadeira e carregava um tom ameaçador, pedia que ela se “autodeportasse” para evitar repercussões legais. como cidadã americana com antecedentes limpos, Lisa ficou pasma ao descobrir que o e-mail era, de fato, autêntico, contendo a advertência: “É hora de você deixar os estados Unidos”.
De maneira independente, Lisa teve que entrar em contato com o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) e o Departamento de Segurança Interna (DHS) para esclarecer sua situação legal.As autoridades migratórias admitiram que o envio do e-mail foi um erro sistêmico, causado por outro estrangeiro que poderia ter utilizado suas informações em formulários. Embora a situação tenha sido corrigida, Lisa passou a levar seu passaporte em todos os lugares como medida de precaução. Ela ressaltou que o e-mail tinha um tom tão “áspero” que confundiu suas primeiras impressões – uma armadilha que poderia ter sido facilmente evitada.
Erros recorrentes no sistema do ICE
Embora o caso de Lisa não esteja amplamente documentado por fontes oficiais, existem várias evidências de problemas semelhantes, decorrentes de erros administrativos. Há tempos, cidadãos americanos têm se deparado com ações de deportação indevidas. Um estudo do Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO), publicado em 2021, revelou que mais de 70 cidadãos americanos foram deportados injustamente ao longo de cinco anos, devido a falhas nas verificações de cidadania.
O relatório destacou que nem sempre os agentes do ICE seguiam os procedimentos adequados para validar a cidadania de indivíduos detidos, resultando em deportações errôneas. Esses incidentes tornaram-se mais frequentes com o endurecimento das políticas de imigração durante o governo Trump, especialmente nas chamadas “prisões colaterais” em operações de deportação. Segundo a legislação atual, um cidadão americano não pode ser deportado, independentemente da situação legal ou de eventuais crimes cometidos. A cidadania por nascimento proporciona proteção contra tal destino, mas casos como o de Lisa mostram que erros no sistema ainda podem ocorrer. Existe também o processo raríssimo de “renúncia à cidadania”, mas a deportação de indivíduos não nativos pode ocorrer, especialmente em casos de fraude durante a naturalização ou a prática de crimes graves.
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