A família do brasileiro Matheus Gaidos, que foi morto a tiros por brincar com o cachorro de um homem, em Oakland, Califórnia, Estados Unidos, recebeu nesta sexta-feira (21) a notícia que há um mês aguardava: a liberação da certidão de óbito para o translado do corpo até São Paulo, onde os pais moram.
Agora, o documento será encaminhado para o cartório de Sacramento para que o translado seja autorizado. A previsão dada para a mãe de Matheus pelo Consulado do Brasil em São Francisco é a de que o corpo esteja na capital paulista em até sete dias. “Até semana que vem o Matheus estará no Brasil. Ainda não me sinto aliviada, porque só vou sentir quando puder me despedir do meu filho. Não vejo a hora que essa ferida seja fechada”, diz Isabel Martines. O g1 acompanha o drama da mãe de Matheus desde o fim de junho por conta da demora na liberação do corpo para enterro. “Todos os dias eu ligo para saber, porém eles falam que eu tenho que aguardar. Muito difícil isso. Eu não consigo entender o motivo de tanta demora. Desumano o que estão fazendo”, desabafou Isabel.
O crime foi registrado no dia 21 de junho. Matheus trabalhava como entregador de flores, quando encontrou um homem que passeava com animais de estimação acompanhado de uma mulher. Houve uma discussão, e o dono dos animais atirou. Em 27 de junho, a polícia divulgou imagens dos suspeitos e passou a oferecer uma recompensa de até U$ 10 mil (R$ 48 mil) por informações. O suspeito foi preso em 6 de julho. “Quando fiquei sabendo da morte do Matheus, eu comprei passagem no mesmo momento e fui para Oakland, onde foi o crime. Só que nem me deixaram ver o corpo, porque ele já tinha sido reconhecido e não precisavam que eu reconhecesse. Eu não o vi. Agora, eu só quero poder enterrar meu filho e que os responsáveis por essa crueldade fiquem presos”, ressaltou a mãe.
Em nota, o Itamaraty informou que o “Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em São Francisco, tem prestado assistência consular aos familiares do nacional brasileiro”. “Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, diz a nota. Ainda conforme o Itamaraty, “em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012”, o órgão não pode fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.
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