
Esse revés na tentativa de limitar o acesso foi determinado pela juíza distrital Allison Burroughs,localizada em Boston. As famílias que fizeram enormes investimentos na educação de seus filhos em Harvard celebraram a decisão, mesmo que temporária.
Trump, incomodado com o espírito democrático da universidade, frequentemente anfitriã de manifestações a favor da Palestina e críticas ao governo dos EUA, buscou punitive medidas. Ele alegou que Harvard estava em violação de leis de direitos civis, mas agora enfrenta uma derrota jurídica.
A Retaliação à Liberdade Acadêmica
Com impressionantes 389 anos de história, Harvard é a universidade mais antiga e, entre as mais caras, dos Estados Unidos. A instituição descreveu a tentativa de Trump de impedir a matrícula de alunos internacionais como uma “retaliação anti-constitucional”.
A universidade argumenta que o governo desrespeitou a Primeira Emenda da Constituição americana, alertando que essa ação poderia causar um ”impacto imediato e devastador”.
“Não se pode simplesmente riscar um quarto do corpo discente de Harvard, que é formado por estudantes internacionais que desempenham um papel crucial na missão da instituição”, pontuou Harvard em sua ação judicial.
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Pressão sobre a Comunidade Acadêmica
de acordo com o Harvard Crimson, o Departamento de Segurança Interna impôs um prazo de 72 horas para a universidade apresentar documentação sobre os registros disciplinares dos estudantes internacionais.
As requisições incluem gravações, documentos e vídeos relativos a envolvimentos políticos e sociais dos alunos nos últimos cinco anos.A análise desse material será fundamental para reavaliar a elegibilidade dos estudantes internacionais.
O ex-ministro da saúde alemão, Karl Lauterbach, que também é alumni da Harvard, rotulou essa movimentação como “um golpe na política de inovação e pesquisa”.
Resistência por Parte da Casa Branca
Descontentes com a decisão judicial,representantes da Casa Branca já sinalizam que continuarão com suas ações. A porta-voz de Trump, Abigail Jackson, expressou a visão do presidente americano:
“Harvard deveria focar em criar um ambiente seguro no campus, em vez de envolver-se em litígios sem fundamento”.
O presidente de Harvard, Alan Garber, endereçou uma carta aberta aos estudantes e funcionários, condenando a abordagem “ilegal” e “injustificada” do governo, conforme reportado pelo The Guardian.
A Diversidade de estudantes em Harvard
Em comunicado, a universidade enfatizou: “Sem os nossos estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”.
Dos 6.800 alunos estrangeiros em Cambridge, Massachusetts, um número significativo é de pós-graduandos oriundos de mais de 100 países, incluindo 318 brasileiros, com pelo menos 195 deles atuando como pesquisadores.
A atmosfera de insegurança e ansiedade tomou conta do campus após o anúncio do veto, mas agora, a recente decisão judicial trouxe um sopro de alívio entre os estudantes que se sentem aliviados com a derrota do presidente dos estados Unidos.
A presença de estudantes internacionais é crucial para manter a identidade global de Harvard. Foto: Harvard University