Tinga, volante do Internacional em 2005, foi um dos protagonistas de um dos lances mais relevantes da temporada, que terminou com o título do Corinthians (Foto: Reto Stauffer/Wikimedia)
A frustração pela perda do Campeonato Brasileiro de 2005 ainda persiste entre os torcedores do Internacional, de Porto Alegre. Recentemente, novas informações sobre a Máfia do Apito, quase duas décadas depois dos eventos, reaqueceram um clamor nas redes sociais para reavaliar um título que teria sido perdido devido a manipulações no campeonato. A busca por um reconhecimento oficial já ganhou a atenção do clube, levando conselheiros a considerarem maneiras de reverter a situação que atualmente credita o triunfo ao Corinthians.
“Hoje, todos os envolvidos naquela situação acreditam que o verdadeiro campeão é o Inter. Pedimos que a diretoria tome uma atitude a respeito”, declarou o conselheiro Leonardo Aquino, apoiando-se no artigo 2 do Estatuto da FIFA. Recentemente, o ex-árbitro edílson Pereira de carvalho, acusado de ter facilitado o esquema de manipulação, declarou que o Internacional foi prejudicado: “eu mudei o campeão brasileiro de 2005.Se não houvesse a Máfia do Apito,o Inter teria conquistado esse título”,revelou o ex-juiz.
Embora muitos acreditem que o desejo dos torcedores e diretores do Internacional seja invável, é importante lembrar de casos anteriores na França e na Itália, onde títulos foram revogados devido a manipulações. os episódios mais emblemáticos incluem o Olympique de Marseille, em 1993, e a Juventus, em 2006, que enfrentaram sanções severas. A diretoria do internacional já está examinando essa situação internamente.
O escândalo da Máfia do Apito, revelado em 2005 pela revista Veja, expôs um esquema de manipulação envolvendo árbitros que atuavam em conluio com grupos de apostas; edílson Pereira de carvalho foi preso após admitir receber dinheiro para favorecer determinadas equipes. A anulação de 11 jogos conduzidos por esse árbitro acabou resultando no título concedido ao Corinthians.Fontes ligadas ao internacional afirmam que o então presidente, Fernando Carvalho, teve que assinar um documento reconhecendo a conquista do clube paulista para evitar represálias da CBF.
Um dos episódios mais emblemáticos daquela competição foi a expulsão do volante Tinga, do Internacional, num jogo contra o Corinthians, que o árbitro Márcio Rezende de Freitas considerou uma simulação. Tinga, que não fazia parte da Máfia do Apito, reconheceu seu erro. Na realidade, o correto seria expulsar o goleiro corinthiano e marcar um pênalti contra. A vitória do Corinthians, por sua vez, consolidou uma diferença de três pontos na tabela, que se mostrou decisiva para a concessão do título ao time paulista.
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Fonte: AcheiUSA
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