JSNEWS – O imigrante indocumentado, Jose Garcia Zarate, cidadão mexicano, que foi absolvido do assassinato de Kate Steinle, 32, declarou-se culpado da acusação de porte de arma, informou o Departamento de Justiça dos EUA nessa sexta-feira,16.
Em 1º de julho de 2015, Kathryn (“Kate”) Steinle foi baleada e morta enquanto caminhava com seu pai e uma amiga ao longo do Pier 14, no distrito de Embarcadero, em São Francisco, na Califórnia. Ela foi atingida nas costas por um único disparo.
O homem que disparou a arma foi José García Zárate, um imigrante indocumentado, que disse que a havia encontrado a arma enrolada em um pano sobre um banco em que estava sentado, e que quando ele pegou a arma ela disparou. O tiro ricocheteou no concreto do píer e atingiu a vítima, que estava a cerca de 27 m de distância. Steinle morreu duas horas depois em um hospital como resultado de seus ferimentos.
Em 30 de novembro de 2017, após cinco dias de deliberações, um júri absolveu García Zárate de todas as acusações de assassinato e homicídio culposo. Ele foi condenado por posse de arma de fogo, mas essa condenação foi anulada em recurso em 30 de agosto de 2019.
O status de imigração de García Zárate levou a críticas as políticas de “cidade santuário” para imigrantes, já que García Zárate é um imigrante ilegal residente nos Estados Unidos que já havia sido deportado cinco vezes. Donald Trump, na época candidato à presidência, citou García Zárate em apoio à sua proposta de deportar imigrantes ilegais criminosos que vivem nos Estados Unidos, e mencionou Steinle durante seu discurso de aceitação na Convenção Nacional Republicana de 2016.
Em 2017 o caso teve repercussão acional, porque a Casa Branca condenou a decisão judicial que absolveu o acusado pelo assassinato ocorrido em 2015.
Agora, quase cinco anos depois de ser absolvido, Garcia Zarate, 51 anos, declarou-se culpado de duas acusações de posse ilegal de arma de fogo no caso envolvendo a morte de Steinle.
Como Garcia Zarate já havia sido deportado cinco vezes para o México e estava em liberdade condicional enquanto enfrentava uma nova ordem de deportação pendente, ela não poderia ter uma arma ou mesmo manusear uma. Ele também estava em liberdade supervisionada federal por uma condenação criminal no Texas em 2011.
O do imigrante caso ajudou os republicanos a alimentar um debate nacional sobre imigração e a existência de cidades santuário (que supostamente protegem imigrantes) limitando a cooperação das autoridades locais com autoridades federais de imigração, uma vez que o mexicano havia sido liberado pela polícia de São Francisco antes de atirar na jovem.
Em setembro do ano passado os advogados de defesa do imigrante indocumentado pediram ao presidente Joe Biden para libertá-lo, argumentando que o mexicano foi vítima das políticas do agora ex-presidente Trump que o mantêm preso. Na audiência da segunda-feira, 14, ocorrida em um tribunal federal em San Francisco, Garcia Zarate admitiu que em 1º de julho de 2015, ele estava no Pier 14 do Píer de São Francisco e estava de posse de uma pistola semiautomática SIG Sauer P239 calibre .40 carregada com oito cartuchos.
Ele também admitiu que sabia que era “um imigrante indocumentado e que estava ilegalmente nos Estados Unidos na ocasião do incidente que levou a morte de Kathryn Steinle, e que naquela época ele já havia sido condenado por um crime, incluindo a reentrada ilegal nos Estados Unidos após a deportação, pelo qual passou mais de um ano na prisão”, disse o Departamento de Justiça em um comunicado.
As acusações federais de posse de armas estavam pendentes desde 2017 depois que o juiz Vince Chhabria, do Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, expressou preocupação com as habilidades mentais do mexicano. A audiência de sentença de García Zárate está marcada para 6 de junho de 2022 e ele pode pegar uma pena máxima de 10 anos de prisão.
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