Ao longo de nove décadas, Minnie Payne, de College Station, Estados Unidos, fez muita coisa. Mas não é porque chegou na terceira idade que ela precisou parar: ela acabou de concluir o mestrado em estudos interdisciplinares na University of North Texas.
A façanha a fez se tornar a aluna mais velha documentada na UNT e a ocasião especial merecia também um momento muito especial. Na hora de, finalmente, ser coroada com a Pós-Graduação, Minnie subiu ao palco acompanhada por seu neto de 23 anos.
Formada em jornalismo
Crescida na Carolina do Sul, em Pelzer, os pais de Minnie não estudaram, mas ela estava decidida em mudar o futuro.
Ao longo da vida, ela trabalhou como dona de casa e até mesmo professora substituta.
Com 60 anos ela se matriculou na Texas Woman’s University.
“O programa de jornalismo estava sendo extinto e era nisso que eu realmente queria me formar. Faltavam duas matérias de jornalismo e disciplinas optativas. Pude fazer matérias de jornalismo e uma eletiva de administração na UNT”, disse a idosa.
Em 2006, depois de muito esforço, o bacharelado veio. Mas isso ainda era pouco pra ela!
Mestre em estudos interdisciplinares
Concluir o mestrado não foi nada fácil, ainda mais no meio de uma pandemia.
Ela fez várias matérias online e eventualmente se mudaram para reuniões presenciais. Ela não conseguia comparecer às aulas presenciais e se viu em uma situação delicada.
“Vários meses se passaram e meu antigo orientador me enviou um e-mail dizendo que eu poderia obter meu diploma por meio do programa de estudos interdisciplinares”, disse.
É claro que ela não deixou a chance passar e aproveitou. Os colegas também foram um grande diferencial.
“Acho que quando uma pessoa começa a melhorar e a se misturar com outras pessoas que estão tentando melhorar, é um incentivo para que avance em direção a objetivos mais elevados”, disse a senhora.
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Mas Minnie mostrou, novamente, toda sua força de vontade.
“Eu queria me sair bem, passei muitas noites inteiras e passei muito tempo estudando. A parte de escrever foi a mais agradável”, explicou.
Na hora de pegar o diploma, algo mais emocionante ainda. Seu neto, de mãos dadas, a acompanhou.
E quem pensa que ela vai parar por aqui, se enganou.
“Fiz uma grande conquista, mas sinto que ainda tenho muita vida boa pela frente. Quero trabalhar até o último minuto porque se não estou fazendo algo que valha a pena, se não estou fazendo algo para ajudar alguém, não sou uma campista feliz”, concluiu.
A vovó, apesar da idade, nunca pensou em desistir. Foto: Ahna Hubnik (University of North Texas).
Com informações de USA Today.
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