Administração Trump admite falha na deportação de homem com visto protegido para prisão em El Salvador
O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, reconheceu ter cometido um erro ao deportar um homem de maryland que possuía status legal protegido, enviando-o para uma prisão infame em El Salvador, enquanto luta legalmente contra seu retorno ao país devido a alegações de vínculos com gangues.
Em um processo judicial agendado para a última segunda-feira, autoridades do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) admitiram ter cometido um “erro administrativo” ao deportar kilmar Armando abrego Garcia, de 29 anos. Sua prisão aconteceu em março, após ele concluir seu turno como aprendiz de funileiro em Baltimore, conforme indicado na queixa apresentada por seus advogados.
Abrego Garcia foi enviado a um importante Centro de Confinamento do Terrorismo, conhecido como CECOT, em seu país natal, um local frequentemente denunciado por abusos e superlotação. Esta deportação ocorreu mesmo após um juiz de imigração ter decidido, em 2019, que ele não poderia ser enviado de volta a El Salvador, evidenciando o risco de perseguições por gangues, segundo a alegação de seus defensores.
Ele havia deixado El Salvador aos 16 anos, fugindo de ameaças de gangues, conforme afirmado na queixa. “Desde 2006, ele foi alvo de agressões e ameaças de sequestro, com a intenção de forçar seus pais a cederem às exigências de extorsão”, detalhou o documento. A queixa também destaca que, embora ele tenha sido rotulado como ‘associado a gangues’, as autoridades dos EUA não trouxeram qualquer prova concreta para sustentar tal alegação, defendendo que Abrego Garcia não possui afiliação com a MS-13 ou qualquer outro grupo criminológico.
Após a deportação, sua esposa o reconheceu em imagens e vídeos da prisão, identificando características como tatuagens e cicatrizes em sua cabeça. O governo expressou, no processo judicial, que o ICE estava ciente do status de proteção de Abrego Garcia, mas optou pela deportação devido ao “erro administrativo”.
No entanto, as autoridades federais argumentam contra seu retorno, mencionando supostas conexões com gangues e afirmando que ele representa um risco para a sociedade. De acordo com declarações da administração, essas alegações foram reafirmadas em um processo de fiança em 2019 e corroboradas por instâncias superiores de apelação imigratória. Robert Cerna, diretor interino do escritório de operações de execução e remoção do ICE, escreveu ao tribunal que a deportação foi um erro involuntário, levando em consideração a ordem de remoção existente e a suposta associação de Abrego Garcia com a MS-13.
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