
A Flórida lançou uma nova estratégia em sua política migratória, permitindo que todos os seus 67 condados capacitem policiais locais e delegados para atuar em conjunto com o ICE. O programa 287(g), que ganhou impulso em fevereiro, amplia as atribuições desses agentes ao conferir-lhes a autoridade para emitir mandados de imigração e realizar detenções em casos de entrada irregular, agora além das prisões.
Com um treinamento que varia de quatro a cinco dias, esses oficiais são preparados para executar as novas funções: emitir “detainers”, prender suspeitos e encaminhá-los à custódia federal. A justificativa por trás dessa ação é concentrar esforços nos indocumentados com antecedentes criminais, incluindo aqueles que já enfrentaram ordens de deportação, visando impedir que retornem às comunidades.
Essa iniciativa tem gerado preocupação entre defensores dos direitos civis, que alertam para o risco de perfilamento racial e a possibilidade de que imigrantes hesitem em buscar ajuda quando necessário, como em casos de emergência, resultando em sub-relato de crimes e serviços essenciais. Há relatos de pessoas que deixaram de chamar o 911 devido ao medo de represálias após interações com a polícia.
O estado defende essa abordagem como uma medida para fortalecer a segurança pública, focando em combater a criminalidade. Até o final de julho, muitas delegacias já haviam firmado acordos para essa cooperação, e operações conjuntas estão previstas para se intensificar nas próximas semanas.
O próximo desafio será avaliar a implementação desta política e considerar sua hipótese de extensão, especialmente em relação à capacidade de detenção federal, que continua sendo um obstáculo para ações de deportação mais ágeis.
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