Flamengo e Palmeiras estão eliminados da Copa do Brasil

Conhecidos nos últimos tempos como os bichos-papões do futebol nacional, Flamengo e Palmeiras se despediram na última quarta-feira (6) da Copa do Brasil. Atual campeão, o Rubro-Negro até devolveu a derrota da semana passada, porém caiu nas penalidades para o Atlético-MG, seguindo desta forma com o indigesto tabu de jamais ter obtido uma classificação fora de casa após sair atrás como mandante. Já o Alviverde paulista, em partida marcada pelos discursos pré-jogo e pela inacreditável expulsão de Aníbal Moreno, voltou a ser derrotado pelo seu arquirrival Corinthians, desta vez no Allianz Parque. Nos minutos finais, o técnico Abel Ferreira foi
Flamengo e Palmeiras estão eliminados da Copa do Brasil

Conhecidos nos últimos tempos como os bichos-papões do futebol nacional, Flamengo e Palmeiras se despediram na última quarta-feira (6) da Copa do Brasil. Atual campeão, o Rubro-Negro até devolveu a derrota da semana passada, porém caiu nas penalidades para o Atlético-MG, seguindo desta forma com o indigesto tabu de jamais ter obtido uma classificação fora de casa após sair atrás como mandante. Já o Alviverde paulista, em partida marcada pelos discursos pré-jogo e pela inacreditável expulsão de Aníbal Moreno, voltou a ser derrotado pelo seu arquirrival Corinthians, desta vez no Allianz Parque. Nos minutos finais, o técnico Abel Ferreira foi alvo, talvez pela primeira vez, de fortes protestos da torcida palmeirense, que também entoaram cantos de time sem vergonha.

Galo se segura, melhora no segundo tempo e se classifica

Atlético vence o Flamengo nos pênaltis em dia de festa na Arena MRV (Foto: atletico.com)
Atlético vence o Flamengo nos pênaltis em dia de festa na Arena MRV (Foto: atletico.com)

Na Arena MRV, o Atlético-MG obteve uma maiúscula classificação diante do melhor elenco da América do Sul. Baseada na clara decisão da diretoria rubro-negra e da comissão técnica de tratar a Copa do Brasil como a “não-prioridade” do clube na temporada, Filipe Luís, tal qual no Maracanã, optou por uma formação modificada. Everton Cebolinha, criticado por más atuações recentes, foi titular, Plata atuou centralizado e Wallace Yan jogou aberto pelo lado direito. E a opção se mostrou acertada. O Flamengo foi muito superior, abriu o marcador com um belo gol de Cebolinha e poderia ter até ampliado não fosse uma finalização equivocada de Pedro numa oportunidade claríssima.

O Galo se segurou e Cuca, que iniciou num esquema com quatro homens na linha defensiva, retomou o sistema de três zagueiros após o intervalo com a entrada de Saravia, dúvida antes do jogo, no lugar de Natanael, que foi driblado por Cebolinha no lance do gol e parecia nervoso em campo. E com isso o Alvinegro cresceu e equilibrou o jogo. Teve chances com Scarpa, Arana, Hulk… e o Fla, mesmo já menos intenso, também seguia levando perigo. E após uma segunda etapa que foi indiscutivelmente o tempo mais emocionante e movimentado de todo o confronto, a disputa foi para a marca da cal. Everson e Rossi defenderam uma cobrança cada, porém o mais emblemático para a torcida atleticana foi a cobrança isolada por Wallace Yan, que provocou muito desde o confronto do Brasileirão. Como no futebol (e na vida) o que importa é como tudo termina, o menino agora terá que aguentar as piadas.

Fica nítido que a principal causa da eliminação rubro-negra, assim como nas outras 13 vezes em que não reverteu uma desvantagem fora de casa, foi o revés no Maracanã, ocorrida em virtude de uma entregada bizarra do sistema defensivo. Ademais, houveram certas decisões questionáveis de Filipe Luís naquela oportunidade, como a insistência em Allan e Evertton Araújo como uma dupla de volantes, improdutiva ofensivamente, e Luiz Araújo na ponta esquerda, onde rende menos. Com a queda, o Flamengo passa a se concentrar nas suas principais prioridades, porém agora com uma carga maior de pressão.

Corinthians avança, e Abel é xingado

Memphis celebrando o gol do Corinthians em frente à torcida na Neo Química Arena (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)
Memphis celebrando o gol do Corinthians em frente à torcida na Neo Química Arena (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)

Capitalizando a vitória de Itaquera, o Timão foi ao Allianz e superou o Palmeiras novamente. A partida foi condicionada pela expulsão infantil de Aníbal Moreno, que em plenos tempos de VAR, acertou uma cabeçada desleal em José Martínez.

Após a expulsão, se viu um Palmeiras indo para cima, como se ele tivesse um jogador a mais. Porém o Alvinegro foi cirúrgico quando foi ao ataque e abriu o placar com Bidu, e não tanto tempo após a volta do intervalo, ampliou com Gustavo Henrique. Com o confronto semi-definido, o time de Dorival não teve tantos problemas para controlar a posse até o final, quando iniciaram-se os protestos contra o time, Abel e diretoria.

A pressão sobre o treinador não passa apenas pela pela inédita eliminação em Dérbis fora do Campeonato Paulista, mas também pelo rendimento ruim que vem tendo o Palmeiras em jogos decisivos, especialmente no Brasileirão, onde teve um baixo aproveitamento contra times do G6 em 2024 e vem repetindo a dose na atual temporada.

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