Acordo histórico traz esperança de paz no Oriente Médio e mobiliza o mundo

Uma nova era pode estar à vista no Oriente Médio: o chefe do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou um possível cessar-fogo permanente com Israel. Este acordo, finalizado com a mediação do presidente dos EUA, Donald Trump, promete interromper um conflito que começou em 7 de outubro de 2023. O que muda com essa paz?
Acordo histórico traz esperança de paz no Oriente Médio e mobiliza o mundo
Palestinos celebrando o fim do conflito no​ oriente Médio, em Khan Younis, no <a data-mil=dia 9 de outubro de 2025. – Foto: Anadolu/Getty Images” title=”O mundo dá boas-vindas ao acordo de paz no‍ Oriente Médio”>Uma promessa de esperança pode estar ⁣se concretizando: o⁤ líder do Hamas, Khalil Al-Hayya, ⁤anunciou que um cessar-fogo⁢ permanente com Israel está prestes a ser oficializado. A declaração foi feita nesta quinta-feira (9), após negociações que‌ envolvem a mediação direta do presidente dos EUA, ‍Donald Trump.

O pacto de paz, finalizado na quarta-feira (8), marca um passo⁣ significativo na busca pela estabilidade regional, com Israel e o Hamas concordando em implementar um cessar-fogo⁣ nas próximas 24 horas.⁣ Este conflito, que teve início em 7 de⁣ outubro​ de‍ 2023, resultou em mais de 1.200 mortes e o sequestro de 251 pessoas,além de causar cerca de 60 mil mortes de palestinos em Gaza.

Desafios para a construção da⁢ paz

Para que o acordo avance, Israel impõe condições, como a desmilitarização do Hamas e ⁤a devolução dos corpos de ‍reféns que perderam suas vidas em ⁤cativeiro. Para⁢ ajudar nesse desafio,⁤ a Turquia anunciou a ‌formação de uma força-tarefa que ⁣trabalhará com autoridades internacionais para⁢ localizar‌ as vítimas desaparecidas na Faixa​ de Gaza.

O governo turco, assim‌ como os dos EUA, Catar e Egito, desempenhou um papel vital nas conversas que levaram‍ à proposta de paz. Até o ‍momento, 28 dos 48 reféns mantidos pelo hamas foram confirmados como mortos, sendo⁣ que muitos ainda permanecem desaparecidos.

Avanços em ‌negociações de reféns e prisioneiros

Israel afirma que‍ o Hamas continua com 48​ dos 251 sequestrados durante o ataque terrorista. Em troca, o governo israelense deve liberar aproximadamente 2 mil ⁤prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas severas, como prisão perpétua. Além disso, ⁢uma redução na área de ocupação em Gaza deverá ⁤ocorrer, passando de 75% para 57%.

Relatos da mídia israelense indicam que as questões mais delicadas do acordo foram abordadas e estão em vias de resolução.

A aprovação‌ do cessar-fogo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin ‍Netanyahu, frisou que​ a proposta de cessar-fogo será‍ colocada em votação pelo governo nesta quinta-feira, dia 9. A transição de governança na Faixa de Gaza, proposta pela Casa ‌Branca, ‍ainda ​é uma incógnita.

O‍ presidente dos ⁢EUA, Donald Trump, expressou otimismo em suas redes sociais, afirmando que‍ estamos testemunhando “os primeiros passos” rumo à paz e prevendo que os reféns do Hamas poderão ⁣ser libertados em breve.

Trump também ⁤planeja uma visita ao Egito e israel nos próximos ⁢dias, possivelmente no domingo.

Reações internacionais

O secretário-geral⁣ da ONU, António ‍Guterres, celebrou o ⁤anúncio ⁣do cessar-fogo e a primeira ‌fase do plano de paz de 20 pontos. Em coletiva de ⁣imprensa em Nova Iorque, ele ressaltou que este‍ momento​ era aguardado com ansiedade e deve ser aproveitado para‍ marcar um novo início na trajetória de paz.

No Brasil,o Ministério das Relações Exteriores manifestou um sentimento de ⁣”alívio” diante do cessar-fogo,destacando que a medida deve‌ proporcionar ⁢um verdadeiro alívio à população ⁢civil afetada pelo conflito. A nota também reforçou o apelo⁢ para que todas as partes honrem os termos acordados.

Um marco histórico, segundo Macron

O presidente francês Emmanuel Macron qualificou o acordo como “histórico”, destacando que encerra dois anos de “sofrimento insuportável” para reféns e habitantes da região.‌ ele ‌enfatizou a importância ⁤deste dia para todos os povos envolvidos, ⁤suplicando que a comunidade internacional se envolva na criação de uma ​força de segurança de transição na Palestina, a ser ativada quando o plano⁢ de paz ⁤se concretizar.

Macron ressaltou ainda a urgência em apoiar a Autoridade Palestina, que enfrenta uma crise ‌financeira severa, para ​garantir ‍a ⁤prestação de serviços essenciais e a manutenção da ⁣ordem.

Destruição em Gaza após dois anos de conflitos. - Foto: Bashar‌ Taleb/AFP ‌ Parte da destruição em Gaza após dois anos de conflitos. -​ Foto: Bashar Taleb/AFP ‍ Crianças palestinas celebrando o fim do conflito no Oriente Médio.- Foto: Dawoud Abu Alkas/Reuters ‌ Crianças palestinas ⁤celebrando o fim do conflito⁣ no Oriente Médio. – Foto: Dawoud Abu Alkas/Reuters

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