O deputado norte-americano George Santos, filho de brasileiros, foi alvo de mais acusações criminais na terça-feira, com procuradores o acusando de supervalorizar os números de arrecadação de fundos de sua campanha e de fazer cobranças em cartões de crédito de contribuintes de campanha, sem o consentimento deles.
Um indiciamento substitutivo, com 23 acusações, apresentado no tribunal federal em Central Islip, New York, acusou o deputado de Long Island e sua antiga tesoureira, Nancy Marks, de terem dito falsamente à Comissão Eleitoral Federal que seus familiares tinham feito contribuições financeiras significativas.
Os relatórios falsos fizeram parecer que a campanha de Santos tinha angariado pelo menos US$ 250 mil de doadores externos em um único trimestre, o limite para ficar elegível ao apoio financeiro e logístico do Partido Republicano, disseram os procuradores.
Santos também disse à FEC que fez um empréstimo de US$ 500 mil para sua campanha, mas, na verdade, tinha apenas 8 mil dólares em suas contas bancárias na época, de acordo com a acusação. Marks se declarou culpada na semana passada de uma acusação de conspiração.
Santos, de 35 anos, se declarou inocente em maio diante de 13 acusações relacionadas a fraudes de possíveis apoiadores políticos ao lavar fundos para pagar suas despesas pessoais, receber ilegalmente seguro-desemprego mesmo estando empregado e mentir sobre seus bens à Câmara dos Deputados dos EUA.
Seu advogado não respondeu imediatamente a um pedido de comentário na terça-feira. O político de primeiro mandato se declarou inocente e resistiu aos apelos para renunciar por mentir sobre seu currículo. Ele está em liberdade após pagamento de fiança de US$ 500 mil dólares.
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