- 11/15/2023
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Da Redação – A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) usou fotos dos brasileiros mortos no ataque-surpresa do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro, para responder a uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na madrugada de terça-feira (14), ele afirmou que “nenhum brasileiro” seria deixado na Faixa de Gaza. A fala veio após um grupo de 32 repatriados que estava no território palestino pousar no Brasil.
A publicação da Fisesp mostra as fotos de Bruna Valeanu, Ranani Glazer, Karla Stelzer e Celeste Fishbein. Celeste não nasceu no Brasil, mas tem raízes brasileiras — a mãe dela é brasileira e vive em Israel. As fotos acompanham a legenda: “Este(a) brasileiro(a) foi deixado(a) para trás”.
“Em resposta às recentes declarações do presidente Lula, é crucial lembrar daqueles que já ficaram para trás, vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro”, escreveu a Federação na legenda do post. “Essas histórias precisam ser lembradas.”
Ainda durante a recepção dos repatriados de Gaza, outra declaração de Lula repercutiu negativamente entre a comunidade judaica. O presidente criticou a violência israelense contra civis do território palestino e equiparou o terrorismo do Estado de Israel ao terrorismo do Hamas. O mandatário afirmou nunca ter visto uma violência tão “bruta” e “desumana” contra “inocentes“.
“Aos 78 anos de idade, eu já vi muita brutalidade, muita violência, eu já vi muita irracionalidade. Mas eu nunca vi uma violência tão bruta, tão desumana contra inocentes”, disse o petista. “Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo e fez o que fez, o Estado de Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças, ao não levar em conta que as mulheres não estão em guerra, ao não levar em conta que eles não estão matando soldados”, acrescentou.
A declaração do presidente foi repudiada por representantes da comunidade judaica, que classificaram a fala como equivocada e “fruto de desconhecimento” sobre a “selvageria” do Hamas, que causou mortes de civis e crianças durante atentados. O rabino Rav Sany afirmou que, “se [o posicionamento de Lula] não for desconhecimento, é um antissemitismo forte e arraigado”.
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