O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou no sábado a sua intenção de “fechar a fronteira” com o México se o Congresso lhe conceder autoridade para o fazer através da aprovação de um projeto legislativo que senadores democratas e republicanos têm vindo a aprovar.
“Se esse projeto de lei for aprovado como lei, fecharia a fronteira agora mesmo”, disse Biden num discurso durante um jantar do Partido Democrata em South Carolina, estado que em 3 de fevereiro iniciou o processo primário democrata para as eleições presidenciais de novembro.
O presidente manifestou a intenção de “fechar a fronteira” pela primeira vez num comunicado distribuído pela Casa Branca. No entanto, esta foi a primeira vez que ele expressou isso publicamente diante das câmeras de televisão.
Essas declarações representam uma mudança significativa não só no tom de Biden, mas também na postura tradicional do Partido Democrata sobre a imigração, e também refletem a importância que o tema ganhou para a sua campanha à reeleição. O ex-presidente Donald Trump (2017-2021), favorito para ser candidato do Partido Republicano, concentra o maior de seus comícios na migração e deixou claro que pretende usar essa questão contra Biden.
Segundo o The Washington Post, quando Biden fala em “fechar a fronteira” está se referindo a uma cláusula incluída no projeto legislativo que permitiria a expulsão de migrantes quando as detenções na fronteira com o México ultrapassassem os 5.000 durante uma média de cinco dias.
Ao abrigo desta cláusula, a maioria dos migrantes que atravessam a fronteira irregularmente não poderiam pedir asilo, segundo o The Washington Post, que cita fontes familiarizadas com o texto do projeto. Durante esse período, os migrantes podiam solicitar asilo nos portos de entrada, mas com um número limitado de lugares disponíveis.
Esta medida permitiria a expulsão indefinida de migrantes até que as detenções na fronteira com o México diminuíssem para menos de 3.750 por dia, segundo o jornal.
O texto do projeto legislativo ainda não é público, mas senadores disseram que esperam divulgá-lo na próxima semana. O Senado, sob controle democrata, mostrou-se disposto a aprovar o projeto. No entanto, os republicanos na Câmara Baixa, onde detêm a maioria, já manifestaram a sua rejeição e, além disso, Trump pediu-lhes que rejeitassem qualquer compromisso com os democratas. O acordo fronteiriço faz parte de um pacote mais amplo de medidas que está sendo negociado no Congresso.
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