Em um trágico incidente em 20 de setembro de 2024, Fabíola da Costa, de 32 anos, passou mal em sua residência em Orlando, Flórida. Nascida em Juiz de Fora (MG), a brasileira levou uma vida saudável até então, mas hoje enfrenta uma nova realidade: encontra-se em estado vegetativo e requer cuidados constantes, sem diagnóstico claro sobre a causa de sua condição.
Conforme o relato de seu esposo, Ubiratan Rodrigues da Nova, Fabíola teve três paradas cardíacas e uma perfuração pulmonar enquanto era reanimada. Ele atribui parte da gravidade do estado dela a falhas no atendimento inicial, que resultaram em danos permanentes devido à falta de oxigenação cerebral. Depois de sete meses hospitalizada,foi liberada em abril deste ano,mas sua recuperação ainda é mínima.
Agora, o lar do casal é uma instalação hospitalar improvisada, equipada com os dispositivos necessários para garantir a estabilidade da saúde de Fabíola. Ubiratan teve que abandonar seu emprego como caminhoneiro para assumir integralmente os cuidados de sua esposa e dos três filhos, enquanto enfrentam o isolamento no exterior.
“É um sofrimento ver a situação dela assim. Às vezes, parece um pesadelo. Estamos longe dos nossos, enfrentamos enormes dificuldades médicas, financeiras e emocionais. O nosso desejo é retornar ao Brasil para que ela receba o tratamento necessário, rodeada por quem a ama”, declarou Ubiratan, visivelmente emocionado.
Esperança de Retorno ao Brasil
A prioridade da família é regressar a Juiz de Fora para que Fabíola possa ser assistida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece suporte como fisioterapia e fonoaudiologia, essenciais para sua reabilitação. Entretanto,o traslado aéreo requer uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI),cujo custo pode variar entre 50 mil e 200 mil dólares – um valor superior a R$ 1 milhão,devido aos equipamentos e profissionais necessários para a viagem.
Fabíola depende de uma traqueostomia, requer oxigênio contínuo e precisa viajar deitada, com um ângulo de pelo menos 30 graus. O transporte demanda uma condição rigorosamente controlada, incluindo o uso de ventiladores mecânicos, monitores de frequência cardíaca, desfibriladores e suprimentos médicos de emergência.
Apesar das solicitações ao consulado Brasileiro em Orlando, a família informa que não há financiamento público disponível para esse tipo de transporte. Através de um comunicado, o ministério das Relações Exteriores, representado pelo Consulado-Geral do Brasil em Orlando, destacou que está acompanhando a situação e oferecendo suporte consular, que inclui auxílio psicológico e jurídico.
Solidariedade em Tempos Difíceis
A sobrevivência de Fabíola agora depende das doações, e Ubiratan conta com a solidariedade de pessoas de todo o mundo para cobrir despesas básicas, como fraldas, luvas, panos e material necessário para curativos, uma vez que os medicamentos são disponibilizados pelo plano de saúde local. “Ela não está mais completamente imóvel como antes. Hoje, tem movimentos, sente dor, responde a barulhos e até chora às vezes. Isso me dá forças para seguir em frente”, compartilha ele.
Antes dessa tragédia, fabíola trabalhava como manicure e lutava ao lado do marido para construir uma vida melhor nos Estados Unidos. Eles deixaram Minas Gerais em 2019, inicialmente residindo em Newark, Nova Jersey, antes de se mudarem para Orlando, onde nasceu a filha mais nova do casal.
“Viemos em busca de oportunidades e nunca esperávamos passar por isso. Ela merece estar próxima da família e do amor daqueles que a cercam. Acreditamos que um milagre pode acontecer”, finaliza Ubiratan, mantendo a esperança viva enquanto aguarda um sinal que possibilite trazer Fabíola de volta ao Brasil.
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