A ideia de construir um muro entre Estados Unidos e México defendida pelo ex presidente Donald Trump para barrar a entrada de imigrantes vai contra a ação de países ricos. A falta de mão de obra, obriga países ricos a facilitarem a entrada de imigrantes para o atendimento dessa demanda.
Segundo especialista esse movimento é resultado sobretudo da pandemia. No terceiro ano, países ricos que são responsáveis por impulsionarem a economia global estão buscando jovens capacitados para trabalhar. Dentre as vantagens que facilitam a entrada está a liberação de visto mais rápido e residência permanente.
Uma das nações que tem adotado políticas voltadas para a facilitação de entrada de imigrantes é a Alemanha que informou que precisa de aproximadamente quatrocentos mil imigrantes por ano.
No país estes imigrantes trabalhariam desde o conserto de um ar condicionado a academia. Para incentivar imigrantes a considerarem a Alemanha como uma opção, a nação tem oferecido vistos liberados mais rapidamente e seis meses para que o interessado possa visitar o país em busca de emprego.
O Canadá também está com medidas de entrada mais amistosas. O país planeja dar residência para mais de um milhão de imigrantes até o ano de 2023. Israel também está recebendo imigrantes do Nepal para trabalharem na área da saúde.
A Austrália especialmente, após dois anos de fronteira fechada tem encontrado falta de mão de obra para o atendimento em hospitais assim como em bares. Para incentivar imigrantes a embarcarem para o país, a Austrália estuda dobrar o volume de imigrantes que estão autorizados a entrarem no país.
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Falta de mão de obra? Qual a relação da pandemia com tudo isso?
O investimento em políticas que facilitem a entrada de imigrantes tem o objetivo de tentar suavizar a recuperação desigual com a melhora da pandemia. Mas qual a relação da pandemia com tudo isso? É simples.
Com a pandemia, nos países ricos, muitos foram os trabalhadores que resolveram se aposentar, outros pediram demissão e há aqueles que simplesmente não voltaram mais para o trabalho. Esse movimento tem gerado um déficit de mão de obra para serviços dos mais diversos que podem ir desde trabalhos braçais a altamente especializados.
Além disso, a pandemia mostrou uma questão muitas vezes ignorada, o desequilibro demográfico da humanidade.
Países ricos que envelhecem rapidamente e concentram um percentual menor de pessoas tende a produzir menos e isso a longo prazo vai afetar a sua economia. Países pobres ou subdesenvolvidos apresentam uma concentração muito maior de pessoas e consequentemente um percentual mais expressivo de jovens mas isso pode levar a falta de oferta de emprego para todos.
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E os Estados Unidos?
Essa defasagem pode favorecer o debate internacional. Atualmente a maioria dos países não sabe como lidar com o volume de solicitações de asilo que recebe. Nos Estados Unidos a política de imigração segue travada e com o foco especial na fronteira com o México.
O país registrou um novo recorde de detenções de mexicanos que tentam adentrar o país pela fronteira. Em contrapartida, outros países apostam em políticas de imigração mais amigáveis.
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