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- 01/29/2024
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JSNEWS – Um ex-funcionário do IRS (Internal Revenue Service) foi condenado a cinco anos de prisão nessa segunda-feira, 29, por vazar informações fiscais de “alguns indivíduos mais ricos dos Estados Unidos” para a diversas agencias de noticias entre os anos de 2018 a 2020.
Após chegar a um acordo judicial com promotores do governo federal, Charles Littlejohn, 38 anos, se declarou culpado em outubro do ano passado por fazer divulgação não autorizada de declarações de impostos de renda e outras informações fiscais.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos não nomeou quais foram os meios de comunicação que receberam essas informações ou quem são os contribuintes cujas informações fiscais foram criminosamente divulgadas, embora a descrição e o cronograma das ações de Littlejohn coincidiu com as reportagens publicadas pelo jornal The New York Times e ProPublica sobre as declarações fiscais do ex-presidente Trump. De acordo com os arquivos do tribunal, Littlejohn confirmou que enviou os registros para esses órgãos de noticias.
Em 27 de setembro de 2020, o New York Times publicou uma história intitulada “Registros ocultos mostram as perdas crônicas de Trump e anos de evasão fiscal” — os promotores dizem que este foi o primeiro artigo vinculado aos vazamentos de Littlejohn foi publicado por um veiculo de imprensa.
O segundo vazamento, atribuída a Littlejohn, de acordo com o Departamento de justiça dos Estados Unidos, informa que a o site ProPublica deu publicidade a quase 50 artigos sobre a situação fiscal de Trump a partir de junho de 2021, esses artigos foram baseados em informações de declaração vazadas por Littlejohn.
Os promotores solicitaram uma sentença de cinco anos para Littlejohn, alegando que ele se candidatou ao trabalho com o IRS com a intenção de acessar e divulgar declarações fiscais. “O réu planejou seu acesso a dados de contribuintes para promover sua própria agenda política pessoal, acreditando que ele estava acima da lei”, disseram promotores em seu memorando em que pediam a condenação do réu.
O Departamento de Justiça também disse que, embora a imprensa livre e o envolvimento público com a mídia sejam “de interesse crítico para qualquer democracia saudável, o roubo e vazamento intencional de informações fiscais privadas retira dos indivíduos a proteção legal sobre seus dados mais sensíveis e que isso constitui em um atentado contrario as liberdades que devem ser preservadas”.
Littlejohn disse em seu processo que ele deveria receber uma sentença menor por cooperar com o governo e admitir roubar os registros com intenção de fornecê-los a imprensa. “Ele cometeu esse crime por uma crença de que o povo americano tinha o direito de conhecer as informações, compartilhá-las era a única maneira de efetuar mudanças”, disse sua advogada, Lisa Manning. “Ele fez o que achava certo naquela época, mas agora ele reconhece que estava errado”.
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