Os EUA querem que os problemas causados pelo intenso e descontrolado fluxo migratório sejam uma preocupação não apenas do governo americano, mas de todos os países da região. Segundo explicou, na quarta-feira, o diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental, Juan Gonzalez, é com esse espírito que o presidente Joe Biden lançará um plano de migração durante a Cúpula das Américas, que acontecerá de 8 a 10 de junho, em Los Angeles.
O plano de Biden, revelou Gonzalez, prevê a ajuda econômica tanto as nações do hemisfério afetadas pelo fluxo migratório quanto aquelas atingidas pela pobreza. O objetivo é evitar que as pessoas deixem suas casas para procurar uma vida melhor em outros países, como os EUA. “A ideia é engajar muito ativamente com nossos homólogos regionais, para procurar os desafios no contexto de divisão de responsabilidade e apoio econômico aos países impactados pelos fluxos migratórios” — explicou.
Entre os tópicos a serem tratados na cúpula, além de migração, estão a democracia, combate à pandemia, mudanças climáticas, transformação digital e cooperação econômica. Gonzalez foi perguntado se, no encontro bilateral entre Biden e o presidente Jair Bolsonaro, as eleições brasileiras serão abordadas. O representante do governo americano repetiu o que tem sido dito com frequência pelas autoridades daquele país, dando a entender que o assunto não será levantado na reunião: “A questão das eleições brasileiras é para os brasileiros decidirem. Os EUA têm confiança nas instituições brasileiras, que são robustas”.
Bolsonaro costuma questionar a segurança do resultado das eleições brasileiras. Uma das instituições atacadas pelo presidente é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com Gonzalez, durante o encontro, Biden e Bolsonaro devem conversar sobre temas como aquecimento global, segurança alimentar, pandemia e economia digital. Ele enfatizou que o Brasil tem um papel importante na região e frisou que a questão climática é uma prioridade, evitando mencionar a expansão do desmatamento na Amazônia. Um ponto que ainda está em aberto é a lista de convidados dos EUA para a Cúpula das Américas. Indagado se o governo americano chamaria o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, Gonzalez disse que a questão ainda está em aberto. A presença do cubano é uma condição imposta pelo México para que o presidente Andrés Manuel López Obrador participe do evento. “Ainda estamos nas considerações finais” — informou.
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