Quase um milhão de pessoas nos Estados Unidos morreram em decorrência de complicações de Covid-19 nos últimos dois anos, mas o impacto total dos danos da pandemia ainda está sendo calculado. No entanto, um novo estudo relata que aumentou vertiginosamente o número de americanos que morreram de causas relacionadas ao álcool durante o primeiro ano da pandemia.
À medida que as rotinas foram interrompidas devido ao COVID-19 as redes de apoio aos dependentes químicos perderam os encontros presenciais prejudicando o tratamento dos pacientes.
O relatório mostra que o número de mortes de Covid-19 se estende além do número de vidas ceifadas diretamente pela doença, pois existem outras situações de mortes que tiveram contribuição do cenário pandêmico desde doenças que tiveram tratamento interrompido pelo lockdown até um aumento nas overdoses de drogas, a saúde mental da população foi muito afetada.
Já havia sido constatado que o consumo excessivo de álcool aumentou na pandemia, assim como as entradas na emergência com relatos sobre abstinência de álcool.
O novo relatório descobriu que o número de mortes relacionadas ao álcool, incluindo doenças hepáticas e acidentes, disparou, subindo para 99.017 em 2020, acima dos 78.927 do ano anterior, totalizando um aumento de 25% no número de mortes em um ano. Os índices das mortes subiram nos últimos anos, mas aumentaram apenas 5% entre 2018 e 2019.
O estudo publicado no The Journal of the American Medical Association foi realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, uma divisão dos Institutos Nacionais de Saúde. A pesquisa teve como base informações contidas nos atestados de óbito, os estudiosos incluíram todas as mortes em que o álcool foi listado como causa subjacente ou contribuinte (apenas um número muito pequeno também envolveu o Covid-19).
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