Este projeto foi concretizado por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),trazendo uma solução simples e acessível que pode ser crucial na prevenção de intoxicações.
A detecção de adulterações pode ser realizada em poucos minutos, oferecendo uma maneira prática de garantir a segurança dos consumidores.
O projeto teve seu início em 2023, antes do aumento significativo de casos relacionados ao metanol. Em 2025, a pesquisa obteve reconhecimento internacional, com publicações na respeitada revista Food Chemistry, um dos principais periódicos na área de ciência dos alimentos.A primeira etapa envolveu o desenvolvimento de um método baseado em luz infravermelha, capaz de analisar frascos fechados e provocar reações nas moléculas do líquido. Um software especializado interpreta os dados, identificando possíveis adulterações, como a presença de água ou metanol.
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Entre os principais desenvolvimentos, está o canudo inovador criado pela equipe, que contém um composto químico que reage ao metanol, proporcionando uma mudança imediata de cor.
Essa simples modificação visual avisa os consumidores sobre os riscos antes mesmo da ingestão da bebida. “Nossa meta é que qualquer pessoa consiga verificar rapidamente se a bebida é segura para consumo”, comentou Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB, em entrevista ao g1.
O metanol representa uma grave ameaça à saúde, podendo causar consequências severas em casos de intoxicação. Neste ano, o Brasil já registrou 113 notificações em cinco estados, além do Distrito Federal, com 11 casos confirmados e outros sob investigação.
Os estados mais afetados incluem São Paulo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul. Apesar do crescimento do problema, a Paraíba, berço da pesquisa, não relatou casos, embora especialistas reitere a importância de ações preventivas para evitar futuras ocorrências.
O desafio agora para os pesquisadores é garantir a produção em larga escala dos canudos e da tecnologia envolvida. A esperança é que, em breve, essa ferramenta eficaz esteja disponível em bares, restaurantes e eventos, ajudando na prevenção de intoxicações por metanol.

Tecnologia que pode ser aplicada a diversas bebidas – foto: UFPB

Inovação criada em um momento crítico de adulterações de bebidas no Brasil - Foto: UFPB