Uma nova porta se abre para os residentes de Massachusetts que buscam atendimento de saúde mental, prometendo acesso rápido ao que tem sido um sistema quase impenetrável. Ao enviar uma mensagem de texto para a Linha de Ajuda de Saúde Comportamental 833-773-BHHL você pode ter acesso a um dos 25 centros designados para esse serviço de saúde tão importante na contemporaneidade. De acordo com o novo serviço, imediatamente um clínico avaliará a situação e conectará você com a ajuda necessária, independentemente do tipo de seguro.
A abertura da Help Line é o primeiro grande passo no ambicioso plano do governo Baker de reformar o sistema fragmentado e insuficiente do Estado para pessoas com doenças mentais ou vícios.
Além da Help Line, o Roadmap for Behavioral Health Care Reform estabeleceu equipes móveis prontas para responder imediatamente aos que estão em crise, entrando em contato com um dos vinte e cinco Centros Comunitários de Saúde Comportamental para fornecer atendimento rápido e flexível em todas as cidades de Massachusetts. A esperança é que menos pessoas cheguem aos departamentos de emergência dos hospitais, onde agora passam dias ou semanas esperando por ajuda.
“Este roteiro é um divisor de águas. É verdadeiramente transformador para o nosso Estado”, disse Rebekah Gewirtz, diretora executiva da Associação Nacional de Assistentes Sociais de Massachusetts.
“No momento, você liga para o escritório de um provedor e recebe uma mensagem de voz que diz: Se for uma emergência, ligue para o 911. Com a nova Help Line, uma voz ao vivo atenderá o telefone. Isso, para mim, é uma grande mudança”, disse Danna Mauch, CEO da Associação de Saúde Mental de Massachusetts.
Mas, fica algumas perguntas ainda sem resposta, quando a “porta” se abrir, as pessoas vão conhecer o Help Line e entender o novo sistema? Em meio a uma grave escassez de profissionais de saúde, haverá médicos suficientes para atender às necessidades? Ou essa porta abrirá apenas para deixar as pessoas presas no limbo do não atendimento? Mesmo antecipando obstáculos no caminho, defensores e provedores do novo sistema dizem que não fazer nada seria muito pior.
“Sinto que ficar parado não é uma opção”, disse Mary McGeown, diretora executiva da Sociedade de Prevenção da Crueldade contra Crianças de Massachusetts.
Hoje, centenas de pessoas, muitas delas crianças, enquanto esperam por leitos psiquiátricos estão definhando nas emergências de hospitais. Mais de 2.000 residentes de Massachusetts morrem a cada ano de overdoses relacionadas a opioides. Os centros comunitários de saúde mental têm listas de espera que chegam aos milhares. E a maioria dos adultos que procuraram atendimento de saúde comportamental nos últimos anos não conseguiram marcar uma consulta quando precisaram.
McGeown diz que frequentemente recebe ligações de familiares e amigos precisando de ajuda e não sabem a quem recorrer. Ela faz o que pode por eles. Mas a Help Line, disse ela, deve encontrar um caminho para qualquer pessoa.
A Linha de Ajuda funcionará 24 horas por dia. A pessoa que atenderá o telefone será um clínico ou um especialista treinado com experiência pessoal em problemas de saúde comportamental.
“Ao contrário das linhas diretas de suicídio, aqueles que atendem o telefone não estão lá apenas para ouvir, mas também para agir. Eles enviarão uma equipe de crise para atender pessoalmente o chamador, se necessário, ou agendar uma consulta com um médico especialista. Eles permanecerão na linha até que o chamador esteja conectado com a próxima etapa e farão o acompanhamento dias depois para garantir que a transferência foi bem-sucedida”, finaliza McGeown.
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