BOSTON — Stephen Curry, pela primeira vez nestas finais da NBA, estava imóvel, sem saber o que fazer. O homem que não pôde ser sufocado pela melhor defesa da liga ficou subitamente paralisado – apenas para ser segurado por seu pai, que abriu caminho entre a multidão e absorveu as lágrimas de seu filho.
Aquelas lágrimas não eram nem de alegria, nem de alívio. Mas descrença.
A pior sensação de ser campeão uma vez antes é saber que você não vai voltar lá nunca mais, o pensamento da liga que você ajudou a formar com seu estilo de o jogo estava seguindo sem você – agradecendo por seus serviços ao longo do caminho, mas descartando a noção de você jogar outro jogo significativo.
Ou, de sentir de alguma forma, apesar de currículo excelente, uma carreira pode ter perguntas ou dúvidas.
Curry já era inatacável, seu lugar na história garantido. Mas e o lugar dele no presente, entre seus pares?
Ganhar quando você está anos-luz à frente é uma coisa, mas o que acontece quando a liga alcança, adota sua cartilha, se adapta a você, movendo peças de xadrez pelo tabuleiro e passando por você? ferve, mas você se reagrupa e recupera cada grama de respeito que era devido.
“Eu tenho três verdes ‘Ayesha não sabe cozinhar’ [shirts] no vestiário que estou usando em algum momento”, disse Curry ao Yahoo Sports. “Eu amo isso. O fato de você estar neste palco. Você dá e você recebe. Você abraça tudo. Eu agradeço.”