Especialistas afirmam que Trump não pode revogar cidadania por nascimento garantida pela Constituição

O presidente eleito Donald Trump manifestou seu plano de revogar a cidadania de nascença para filhos de imigrantes indocumentados logo no seu primeiro dia de mandato. De acordo com a Agenda 47, sua proposta pode desencadear uma intensa batalha jurídica, levantando questões que podem chegar ao Supremo Tribunal. A professora Susan J. analisa as implicações desse movimento

Donald Trump, presidente⁣ eleito,⁣ está determinado a revogar a cidadania por ⁤nascença para ‌filhos de imigrantes ‌sem documentos. Em sua Agenda 47,⁤ ele anunciou planos de “emitir uma ordem⁢ executiva no primeiro dia” que visa eliminar o reconhecimento automático‍ dessa cidadania para os filhos de⁤ estrangeiros indocumentados.

Trump declarou: “Com a interpretação adequada da legislação, os⁤ filhos ​de imigrantes ilegais não ⁣herdarão mais automaticamente a cidadania⁤ americana”. Entretanto, ⁤especialistas preveem uma guerra judicial que pode culminar no Supremo Tribunal. A historiadora da Northwestern University, Susan J. Pearson, argumenta que‍ a 14ª Emenda não pode ser modificada através de ordens executivas.

“Essa emenda foi incorporada à Constituição por meio dos processos​ legais adequados e não pode ser anulada nem pelo ​presidente⁣ nem pelo Congresso”, explicou Pearson. A promessa de Trump abrange ⁣diversas ações a‌ serem ⁣tomadas imediatamente após sua⁢ posse.‌ Para muitos analistas, qualquer alteração desse tipo ⁣exigiria uma ⁢emenda constitucional,‍ em vez de apenas uma ordem⁤ executiva.

Conforme declarado em seu site de campanha, Trump busca mitigar o número crescente de imigrantes ilegais atravessando a‌ fronteira sul, que, segundo dados recentes, supera ⁤o‌ recorde de 10 ⁤milhões durante o governo Biden.

“Minha ​política será⁣ fundamental para eliminar um incentivo à imigração ilegal, desencorajando‌ a chegada de novos imigrantes e incentivando aqueles que ​chegaram ao país durante a administração Biden a⁢ retornarem”, afirmou Trump. Detalhes em seu site indicam que ⁤essas crianças não teriam acesso a passaportes ou números de ⁤Seguro Social, além de serem excluídas de certos benefícios sociais⁢ financiados ‌pelo governo.

A 14ª⁤ Emenda da Constituição‌ estabelece que “todas as pessoas nascidas ou⁣ naturalizadas ​nos⁤ Estados Unidos, e sujeitas à sua jurisdição, são cidadãos dos Estados Unidos⁣ e do Estado em⁤ que residem”. Pearson menciona o caso de 1898, US v. Wong Kim Ark, que sustentou que, mesmo sem cidadania dos pais, indivíduos nascidos em solo americano são considerados cidadãos.

Este caso envolveu um homem, nascido em ‍San Francisco, cuja entrada foi negada devido à ‍cidadania de seus ⁢pais chineses. A Suprema Corte decidiu, de forma unânime, a favor de Wong Kim ⁢Ark, reafirmando a cidadania com base​ no lugar de nascimento. A campanha de Trump, no entanto, afirma que⁢ a cidadania‌ só ​se aplica a aqueles‌ que nascem e estão sob a jurisdição⁢ americana.

De acordo com o Centro Nacional de Constituição, existem exceções à regra da cidadania por nascimento, incluindo ​filhos de estrangeiros em⁣ guerra hostil ou filhos de representantes diplomáticos de países estrangeiros.

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