Esse capixaba de Vitória estudava Engenharia Elétrica no Brasil, mas mal sabia que, ao sair de seu país no final dos anos 80, seria na Fisioterapia que encontraria seu sucesso profissional. O ano era 1988 e Nelson, com seus vinte anos de idade, se juntou a dois amigos do peito e desembarcaram em Boston para aprimorar o inglês e se aventurar. Passando frio e sentindo falta de um clima mais agradável e mais quente, o determinado capixaba sempre ficava atento às oportunidades de emprego em outras áreas dos Estados Unidos e, enquanto isso não acontecia, trabalhava em restaurantes para se sustentar.
Desde as épocas no Brasil, nas horas vagas, praticava e estudava sobre treinamento físico para manter-se saudável e em boa forma, o que sempre foi uma área de forte interesse para ele. E era justamente a Califórnia o estado em que tudo acontecia de novidades e tendências nessa área. Ele e os dois amigos, que tinham interesses similares, resolveram, então, seguir um impulso e explorar o “Golden State”. Em 1990 chegaram a Los Angeles fugindo do frio e buscando uma cidade que mais se adequava ao seus interesses pessoais.
Nelson começou a trabalhar novamente em restaurantes, mas dessa vez na área hoteleira, especificamente na rede Sheraton e Hilton. Enquanto isso, não perdeu tempo e nas horas vagas assistia aulas no “community college”. Nessa época também percebeu, definitivamente, que a engenharia elétrica não era sua área e, observando tendências no mercado, notou uma oportunidade na área de fisioterapia e reabilitação.
Este ramo crescia no início da década de 1990 e havia muita demanda por profissionais, além do mais pagava consideravelmente bem e havia grandes possibilidades de trabalho rápido. Com tudo isso em mente, o empresário da área da saúde entrou para o Cal State University, de Northridge, para fazer um curso de mestrado em fisioterapia enquanto paralelamente continuava a trabalhar em restaurantes para se manter.
O seu primeiro emprego nessa área foi em 2001, no “Valley Plesbitarian Hospital” de Van Nuys, no qual ficou um ano. Depois passou a atender pessoas como freelancer trabalhando para uma agência “Home Health”, ou seja, atendendo seus pacientes em casa. Sempre atento às oportunidades ele construiu networking e fez boas amizades enquanto trabalhava. Em 2002, junto com um colega do curso de fisioterapia, abriu sua empresa de agenciamento dentro dessa mesma área da saúde
Nascia a American International Reabhilitation Specialists que em 2017 teve faturamento de 1,2 milhões de dólares e hoje emprega 50 profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional. Sobre o sucesso de seu negócio, Nelson afirma “acho que uma pessoa que queira ser bem sucedido profissionalmente tem que ter senso de competitividade e com isso trabalhar tentando fazer o melhor para adquirir o respeito e o reconhecimento na sua indústria de atuação. Dificuldades sempre existem, mas a coragem e a determinação têm que estar presentes dentro de você sempre”.
Após anos longe do Brasil o capixaba carrega na sua bagagem diversas experiências e empregos e compreende que sua jornada exigiu muito aprendizado e foco para ter sucesso. “O sacrifício é irrelevante para que o resultado possa ser alcançado”, revelou Nelson. Talvez essa determinação e força de superação seja sua fórmula promissora.
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