A paraense Anna Laura Costa Porsborg, 22, foi assassinada pelo noivo nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela Polícia Federal, que afirma ter sido comunicada sobre o crime por meio do FBI na segunda-feira (2). De acordo com a PF, a mãe da vítima compareceu na delegacia em Santarém, na última sexta-feira (30), para informar que a filha estava desaparecida havia dois dias.
A jovem vivia em Virgínia e estava de férias em Los Angeles hospedada no hotel Double Tree El Segundo, próximo ao aeroporto, com o noivo que, de acordo com a PF, é suspeito de ter cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Ainda de acordo com o órgão, ele teria confessado o assassinato, porém não informou a localização do corpo da vítima na esperança de não ser condenado.
O órgão informa, por meio de nota, que o caso agora é investigado pela polícia de Los Angeles, com auxílio do FBI, porém não especifica o local e a data do crime. Em nota, a PF afirma ainda que presta apoio com informações, por meio de seu adido policial nos Estados Unidos. De acordo com a família, o responsável pelo crime seria um brasileiro. O Consulado Geral do Brasil em Los Angeles informou, por meio de nota, que o suspeito se chama Luís Antônio Gomes Akay. O consulado afirma ainda que as autoridades norte-americanas, o Los Angeles County Sheriff´s Department, junto ao Exército “estariam fazendo todo o possível para localizar o corpo da vítima, ainda sem sucesso”.
O responsável pelo crime está sob custódia e teve um audiência de custódia na quarta-feira (4), porém a polícia de Los Angeles não poderia fornecer informações adicionais sobre a prisão do suspeito até que ele tenha preenchido o formulário de notificação de prisão de estrangeiro. O consulado explica ainda que, de acordo com informações do LASD, como o Brasil não é país de notificação obrigatória, o suspeito teria a opção de recusar o compartilhamento de informações sobre sua prisão com autoridades brasileiras. Nas redes sociais, parentes pedem por justiça, lamentam o assassinato e dizem que o corpo não foi localizado.
Procurado, o Ministério das Relações Exteriores afirma que, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles, tem conhecimento do caso e presta a assistência cabível aos familiares da nacional brasileira, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local. Sem confirmar o assassinato, a pasta relata ainda que no caso de morte no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. Porém, o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão e responsabilidade financeira da família. “Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado com recursos públicos”, afirma a pasta.
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