Trabalhadores migrantes enfrentam condições letais nos EUA
Hugo testemunhou o trágico fim de seu amigo em uma plantação de batatas-doces, onde ele desabou após ser obrigado a trabalhar até a exaustão sob o sol escaldante da Carolina do Norte, em 2023. O colega, identificado como José Arturo González Mendoza, faleceu nas primeiras semanas de sua jornada migrante nos Estados Unidos, deixando para trás sua família no México.
Hugo, pseudônimo utilizado por motivos de segurança, migrou do México para os EUA em busca de melhores oportunidades de trabalho. No entanto, ele se viu preso em fazendas onde as remunerações mal ultrapassavam o salário mínimo e as condições eram desumanas. Trabalhadores como Hugo e Mendoza muitas vezes realizam tarefas perigosas sem que esses riscos sejam amplamente divulgados.
No infortúnio da morte de Mendoza na fazenda Barnes Farming Corporation, os registros apontaram negligência quanto aos cuidados básicos prestados aos trabalhadores. Com temperaturas chegando a 32°C no dia fatal e intervalos mínimos durante jornadas extenuantes, os funcionários não tinham acesso adequado à água potável ou locais para descansar.
A tragédia evidenciou que as mortes entre trabalhadores migrantes nos EUA são frequentes mas muitas vezes ignoradas pela opinião pública. Em um cenário marcado pela retórica anti-imigração e pela crise na fronteira sul do país, casos como esse ressaltam as vulnerabilidades enfrentadas por aqueles que buscam uma vida melhor longe de seus lares.
Trabalhadores imigrantes sofrem acidentes e mortes nos Estados Unidos
Recentemente, dois trabalhadores latino-americanos, Mendoza e Hugo, tragédias vividas por muitos trabalhadores rurais nos EUA trabalho de risco. Mendoza faleceu após um dia de trabalho intenso e sem receber assistência médica adequada. Em declaração, representantes da fazenda afirmaram compromisso com a saúde dos funcionários, mas os números mostram que o setor agrícola é um dos mais perigosos em termos de acidentes de trabalho.
Trabalho de risco no setor agrícola americano
Mendoza e Hugo possuíam vistos H2A para trabalhar temporariamente na agricultura dos Estados Unidos. O número de trabalhadores estrangeiros com esse tipo de visto tem aumentado significativamente nos últimos anos, totalizando cerca 150 mil em 2022. No entanto, estatísticas revelam que mais de 70% dos trabalhadores do setor agrícola são estrangeiros, sendo a maioria hispânica.
O trágico acidente envolvendo os dois trabalhadores é apenas um reflexo da realidade do campo nos EUA. Com altas taxas de acidentes fatais e pouca fiscalização sobre as condições laborais, os imigrantes que buscam oportunidades nesse setor enfrentam grandes desafios para garantir sua segurança no trabalho.
Estatísticas preocupantes sobre mortes por acidentes de trabalho
O Escritório de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos aponta o segmento agrícola como o mais perigoso em termos da taxa alta mortalidade no ambiente laboral. Acidentes como o que vitimou Mendoza não são casos isolados: recentemente ocorreram diversos incidentes graves envolvendo trabalhadores do campo nos EUA.
No final do mês passado seis operários latinos perderam suas vidas em Baltimore enquanto realizavam reparos noturnos numa ponte que desabou inesperadamente. Dias depois um ônibus levando agricultores mexicanos sofreu um grave acidente na Flórida resultando na morte lamentável estética pessoas.