Com 120 votos a favor e 36 contrários, a Câmara de Deputados de Massachusetts aprovou a carteira de motorista para imigrantes indocumentados. A proposta necessita do aval do Senado para seguir para assinatura do governador Charlie Baker, do Partido Republicano
Da Redação
Sem dúvida a carteira de motorista para indocumentados nos EUA é um impasse que se arrasta ao longo dos anos. Dirigir pelas rodovias do país sem a driver’s license é um risco que, inclusive, pode gerar a deportação. Em Massachusetts, onde se concentra um contingente expressivo de imigrantes – a maioria sem documentos –, a Câmara de Deputados aprovou o projeto de emissão de carteira de motorista para imigrantes indocumentados – 120 votos a favor e 36 contrários.
O resultado foi comemorado pelos imigrantes, também da comunidade brasileira principalmente, no entanto, a proposta precisa do aval do Senado, que tem em sua maioria democratas, para seguir para assinatura do governador Charlie Baker, do Partido Republicano.
Sabe-se que o governador Baker assinalou contrário ao projeto de concessão do documento para imigrantes, o que poderá ser um impasse, mas assessores próximos disseram que poderá ceder à medida. E se o Senado conseguir aprovar o projeto com mais de dois terços de votos favoráveis, é possível que a lei entre em vigor mesmo que o governador vete o projeto.
Como funcionará? O imigrante, para obter autorização da carteira de motorista, deverá estar com o passaporte válido e em dia ou uma identidade válida emitida pelo consulado de seu país. Também será necessário comprovante de residência e um segundo documento de identificação.
Esse documento pode ser uma carteira de motorista emitida por qualquer estado ou território dos EUA, certidão de nascimento, carteira de identidade estrangeira válida ou carteira de motorista estrangeira, ou uma certidão de casamento emitida em Massachusetts.
Caso o projeto de lei seja aprovado em todas as instâncias, a carteira de motorista só estará disponível em julho de 2023. O projeto de lei deixa claro, ainda, que esses imigrantes não têm direito a votar.