Na quarta-feira, cerca de 200 “dreamers” e ativistas pediram ao Congresso que aprove uma solução permanente para 800 mil jovens temporariamente protegidos pelo programa de imigração
Da Redação – Há dez anos, o ex-presidente Barack Obama lançava uma iniciativa para proteger os imigrantes irregulares que chegaram ainda crianças aos EUA. E após uma década, os “dreamers” – sonhadores –, como são chamados, continuam a espera de uma solução definitiva. Na quarta-feira, cerca de 200 “dreamers” e ativistas pediram ao Congresso que aprove uma solução permanente para 800 mil jovens temporariamente protegidos pelo programa de imigração, “Ação Diferida de Chegadas da Infância (DACA).”
“Precisamos de 218 votos na Câmara dos Deputados e 60 no Senado”, disse Rebecca Shi, diretora da “American Business Coalition for Immigration”, durante entrevista coletiva perto do edifício do Capitólio.
Segundo Rebecca, “se os membros do Congresso realmente querem resolver a escassez de mão de obra e aliviar a inflação, eles precisam levar a sério uma solução de imigração”.
Ativistas reunidos na quarta-feira indicou que cerca de 343.000 “Dreamers” são trabalhadores essenciais – 34.000 prestam serviços de assistência médica e 11.000 trabalham em hospitais e clínicas.
O programa que adiou as deportações de jovens trazidos para o país ainda crianças por seus pais indocumentados começou em 2012 durante o governo de Barack Obama como medida temporária de proteção aos imigrantes.
Na ausência de uma ação legislativa que desse uma solução permanente para a situação de cerca de 800.000 jovens protegidos pelo programa, o ex-presidente Donald Trump cancelou-o em 2017 mas, devido a reclamações judiciais, continuou a funcionar até à decisão do Supremo Tribunal.