Da redação – O dono de um restaurante mexicano, Taqueria Garibaldi, que fica na cidade de Sacramento no estado americano da Califórnia, esta sendo investigado por, supostamente, ter reduzidos salários dos trabalhadores e de ter trazido um Padre para fazer com que eles pudessem “confessar” os pecados que haviam cometido no local de trabalho, a informações divulgadas nesta semana pelo Departamento do Trabalho dos EUA.
A Taqueria Garibaldi já estava sob investigação do Departamento do Trabalho que apurava denuncias de descumprir o pagamento de Salários e Horas quando Eduardo Hernandez, um dos proprietários do restaurante, ofereceu os serviços de um padre aos funcionários católicos em novembro de 2021. O objetivo era fazer com que eles confessassem ter roubado o restaurante, a informação é do jornal “Los Angeles Times”.
“Achei a conversa estranha e diferente das confissões normais”, disse Maria Parra, que trabalhava como garçonete na Taqueria Garibaldi.
Em vez de confessar o que ela queria confessar, o padre informou a Parra que faria perguntas para “tirar os pecados de mim”, escreveu ela em uma declaração juramentada anexada a um processo do Departamento do Trabalho movido contra o restaurante e seus proprietários no ano passado.
“Ele perguntou se eu já havia sido parado por excesso de velocidade, se bebi álcool ou se havia roubado alguma coisa. O padre tinha principalmente perguntas relacionadas ao trabalho, o que achei estranho. O padre perguntou se eu havia roubado alguma coisa no trabalho, se cheguei atrasado ao meu emprego, se fiz alguma coisa para prejudicar meu empregador e se tinha alguma intenção em relação ao meu emprego”, declarou Maria.
À época, a Taqueria Garibaldi estava sendo investigada pela Delegacia de Jornada e Horas por supostamente reter gorjetas de seus funcionários e por não pagar a eles horas extras. Os donos do restaurante também foram acusados pelo departamento de interferir na investigação e ameaçar os funcionários com consequências imigratórias caso colaborassem com a investigação.
Os donos do restaurante – Eduardo Hernandez, Hector Manual Martinez Galindo e Alejandro Rodriguez – foram condenados em maio por um juiz federal do Distrito Leste da Califórnia a pagar US$ 140 mil em salários atrasados e danos aos funcionários do restaurante como parte de um acordo.
Não se sabe se o Padre realmente era um sacerdote ou se tratava de uma artimanha para para obter informações que posteriormente seriam compartilhadas com os donos do estabelecimento.
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