O dólar chegou a ser negociado acima dos 5,30 reais nesta quarta-feira (3), acompanhando a mudança de sinal da moeda norte-americana no exterior na esteira de dados mais fortes do que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos. A moeda no mercado à vista oscilou entre 5,3171 reais (+0,76%) e 5,244 reais (-0,63%), mas ficou no “zero a zero” e manteve praticamente a mesma cotação de ontem (2) de R$5,27.
Lembramos que a cotação de hoje no encerramento do dia foi antes do esperado anunciamento do Banco Central brasileiro se pronunciar sobre um possivel aumento dos juros em 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Na terça-feira (2), o real teve um dos piores desempenhos globais ao fim de uma sessão brutal para divisas de risco e correlacionadas às commodities, por temores sobre juros mais altos e riscos de recessão além de geopolíticos.
Os juros mais altos nos EUA aumentam a atratividade da renda fixa norte-americana, estimulando conversão de moedas estrangeiras para o dólar, o que o valoriza. Moedas de commodities, como os dólares australiano, neozelandês e os vizinhos latino-americanos, peso mexicano, clileno e colombiano, e o sol peruano, foram as divisas mais golpeadas, por exemplo, na terça-feira (2).
Analistas dizem que a moeda brasileira está se aproximando de um período mais delicado e pode enfrentar dificuldades para uma apreciação mais consistente.Os ruídos das eleições, junto com o cenário global pouco favorável para commodities e com o dólar se fortalecendo contra as demais moedas do G3 (euro, libra e Iene), devem dificultar a valorização do real. Entramos no período sazonal de mais saídas líquidas. O diferencial de juros tem evitado uma desvalorização maior de varias divisas e em particular latino-americanas.
Lembramos que “Banco Central” americano elevou os juros em 0,75 ponto percentual na quarta (27) e dentro das expectativas do que já se vinha especulando, pondo fim, de vez, a precificações que chegaram a indicar um super aumento de 1 ponto na taxa básica – as quais por sua vez haviam ajudado a empurrar o dólar globalmente a máximas em 20 anos.
Em uma coletiva de imprensa, semana passada, na quarta (26), o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que em algum momento a magnitude do aperto nos juros diminuiria, esvaziando apostas até mesmo de nova alta de 0,75 ponto. O Fed no entanto, reforçou seu compromisso em levar a inflação nos EUA à meta de 2%, buscando um pouso suave para a maior economia do mundo – e o que aliviaria temores de recessão por trás do mau humor dos mercados nas últimas semanas.
Lembramos também que antes do anuncio do Federal Reserve, na terça (25), e apenas como referência, o Euro foi fortemente penalizado pelo crescente risco de crise energética na União Europeia (UE), em meio aos cortes no fornecimento de gás natural russo. O índice DXY que mede a variação da moeda americana ante seis outros seis fortes rivais, para se ter uma ideia, fechou em alta de 0,66%.
O banco americano de investimento Golden Sachs estima que o dólar ficará em 5,50 reais dentro de três meses e em 5,30 reais ao fim de seis meses. Em 12 meses, a cotação cairia para 5,00 reais.O Société Générale projeta que o dólar fechará este ano em 5,86 reais e finpor sua vez analiza que o primeiro trimestre de 2023 o dólar chegue a R$5,97.
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