Neste início de semana dólar recuperou o fôlego a que vinha perdendo ao longo do mês, pelo menos para o REAL e voltou a tender a alta pelo segundo dia, segunda (15) e terça (16). Influenciado por entradas de recursos pela perspectiva de parada na alta dos juros. O dólar à vista subiu mais de 1,00%, a 5,1455 reais na venda. A moeda norte americana obteve a terceira alta em 6 dias.
Na semana passada a última alta havia sido quinta (11) onde o dólar havia fechado a R$5,15, mas na sexta (12) fechou com uma queda brusca por R$5,08 depois de chegar a ser negociado acima dos R$5,20 nos pregões da semana passada. Portanto, a moeda norte americana vinha tendo um dos piores desempenhos globais ao fim de uma sessão brutal para divisas de risco e correlacionadas às commodities, por temores sobre juros mais altos e riscos de recessão além de geopolíticos.
A divisa brasileira atipicamente descolou de seus pares, como os pesos mexicano, chileno e colombiano, ostentando o segundo melhor desempenho global numa curta lista de seis moedas que bateram o dólar no dia. Os demais 27 principais rivais da divisa norte-americana sofreram expressivas perdas, após dados bem mais fortes do mercado de trabalho dos EUA reavivarem expectativas de nova grande alta de juros pelo Fed.
Expertos do setor acham que esse movimento de ingresso de dinheiro estrangeiro deve continuar nos próximos dias. Analistas no entanto, dizem que a moeda brasileira está se aproximando de um período mais delicado e pode enfrentar dificuldades para uma apreciação mais consistente. Os ruídos das eleições, junto com o cenário global pouco favorável para commodities e com o dólar se fortalecendo contra as demais moedas do G3 (euro, libra e Iene), devem dificultar a valorização do real. Entramos no período sazonal de mais saídas líquidas. O diferencial de juros tem evitado uma desvalorização maior de várias divisas e em particular latino-americanas.
Lembramos que “Banco Central” americano elevou os juros em 0,75 ponto percentual na quarta (27) e dentro das expectativas do que já se vinha especulando, pondo fim, de vez, a precificações que chegaram a indicar um super aumento de 1 ponto na taxa básica – as quais por sua vez haviam ajudado a empurrar o dólar globalmente a máximas em 20 anos.
Em uma coletiva de imprensa, mês passado, na quarta (26), o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que em algum momento a magnitude do aperto nos juros diminuiria, esvaziando apostas até mesmo de nova alta de 0,75 ponto. O Fed no entanto, reforçou seu compromisso em levar a inflação nos EUA à meta de 2%, buscando um pouso suave para a maior economia do mundo – e o que aliviaria temores de recessão por trás do mau humor dos mercados nas últimas semanas.
No Brasil, o Banco Central elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual na quarta (3) para 13,75% ao ano, mas indicou que pode ter encerrado o ciclo de aperto monetário. Por outro lado, O banco americano de investimento Golden Sachs estimou que o dólar ficará em 5,50 reais dentro de três meses e em 5,30 reais ao fim de seis meses. Em 12 meses, a cotação cairia para 5,00 reais. Já o Société Générale projeta que o dólar fechará este ano em 5,86 reais e o por sua vez analisa que o primeiro trimestre de 2023 o dólar chegue a R$5,97.
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