A divisa americana começou agosto com bastante volatilidade entre 5,206 reais (+0,64%) e 5,1277 reais (-0,87%) mas acabou fechando em ligeira alta (centésimos) a R$5,1772 reais ou praticamente igual a sexta-feira (29) com variação positiva mas de apenas 0,09%.
O dia foi de bastante instabilidade nos diferentes mercados globais, com forte queda do petróleo por temores de recessão, inflados por uma série de dados mais fracos da atividade manufatureira em economias centrais. As bolsas de valores nos Estados Unidos até chegaram a subir, mas voltaram a cair na parte da tarde, o que coincidiu com a tomada de fôlego do dólar no Brasil.
A demanda por ativos de segurança – movimento que costuma elevar o dólar ante moedas como o real, se deu ainda em meio a tensões acerca de uma viagem programada da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. A China alertou que seus militares nunca “ficariam de braços cruzados” se ela visitasse a ilha, autogovernada e reivindicada por Pequim.
Já no Brasil, o mês de agosto começou com as atenções voltadas para o Banco Central, que na quarta-feira, dia 3, deverá anunciar aumento dos juros em 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano. O banco de investimento americano Golden Sachs, disse em nota “O BCB pode se tornar o primeiro grande banco central a parar de fornecer impulsos ‘hawkish’ (na direção de alta de juros) à moeda”, se referindo segundo o qual a alta de juros da próxima quarta que poderá ser a última deste ciclo.
O banco Golden Sachs estima que o dólar ficará em 5,50 reais dentro de três meses e em 5,30 reais ao fim de seis meses. Em 12 meses, a cotação cairia para 5,00 reais.
Lembramos que “Banco Central” americano elevou os juros em 0,75 ponto percentual na quarta (27) e dentro das expectativas do que já se vinha especulando, pondo fim, de vez, a precificações que chegaram a indicar um súper aumento de 1 ponto na taxa básica – as quais por sua vez haviam ajudado a empurrar o dólar globalmente a máximas em 20 anos.
Em uma coletiva de imprensa na quarta (26), o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que em algum momento a magnitude do aperto nos juros diminuiria, esvaziando apostas até mesmo de nova alta de 0,75 ponto. O Fed no entanto, reforçou seu compromisso em levar a inflação nos EUA à meta de 2%, buscando um pouso suave para a maior economia do mundo – e o que aliviaria temores de recessão por trás do mau humor dos mercados nas últimas semanas.
Lembramos também que antes do anuncio do Federal Reserve, na terça (25), e apenas como referência, o Euro foi fortemente penalizado pelo crescente risco de crise energética na União Europeia (UE), em meio aos cortes no fornecimento de gás natural russo. O índice DXY que mede a variação da moeda americana ante seis outros seis fortes rivais, para se ter uma ideia, fechou em alta de 0,66%.
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