As travessias irregulares de migrantes na fronteira sul dos Estados Unidos diminuíram em maio pelo terceiro mês consecutivo, segundo dados publicados na quinta-feira pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Em maio, as autoridades dos EUA relataram 117.900 detenções de pessoas que tentaram entrar irregularmente nos EUA, uma redução de 9% neste número em comparação com o mês de abril.
Quase metade dos detidos, mais de 45 mil, eram cidadãos mexicanos. A segunda nacionalidade em termos de prisões foi a equatoriana, com 10.060 prisões, seguida pelos colombianos, com 9.259, segundo o CBP.
O chefe do CBP, Troy Miller, disse em um comunicado que esta redução se deve ao trabalho de sua agência com “parceiros estrangeiros” para “fazer cumprir a lei e combater organizações criminosas transnacionais”.
Funcionários do governo Joe Biden atribuíram a redução no número de pessoas que chegam à fronteira sul às ações tomadas pelas autoridades mexicanas para impedir os migrantes em seu caminho para o norte.
No entanto, tanto os migrantes como as organizações de direitos humanos relataram que estas medidas colocam as pessoas em situações vulneráveis, tornando-as suscetíveis a raptos e abusos por parte de cartéis e à extorsão nas mãos das autoridades mexicanas.
Os números publicados na quinta-feira pelo CBP surgem duas semanas depois de a administração Biden ter imposto uma nova série de restrições ao asilo na fronteira, que impedem a maioria das pessoas que atravessam irregularmente de pedir asilo no país.
As restrições, duramente criticadas por grupos de direitos humanos, só serão levantadas quando as travessias irregulares caírem de mais de 2.500 por dia para uma média de 1.500 por dia, um número que não é registrado desde 2020.
Em maio, a média de prisões foi de 3.800 por dia.
Centenas de milhares de pessoas chegaram até agora este ano à fronteira sul dos Estados Unidos, a principal economia do mundo, em busca de melhores oportunidades e fugindo de profundas crises sociais e políticas em países como Venezuela, Equador e Haiti. Todo o continente americano registra um elevado número de pessoas deslocadas, com mais de 21 milhões de pessoas atualmente deslocadas, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
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