Com a nova lei, assinada na sexta-feira, 17, o governador Ron DeSantis quer intimidar a chegada de indocumentados na Flórida. Solicitou à “Suprema Corte da Flórida” que institua um júri estadual para investigar o contrabando de crianças imigrantes sem documentos para o estado
Da Redação – Cada vez mais aperta o cerco contra a imigração ilegal na Flórida, deixando evidente que o governador Ron DeSantis quer intimidar a chegada de indocumentados no estado. Ele assinou uma lei que reprime a parceria entre as agências de polícia e o “U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE)” – amplia lei de 2019 que busca proibir as chamadas “cidades-santuário” na Flórida.
Com a nova lei, assinada na sexta-feira, 17, as agências estaduais de polícia que supervisionam as instalações de detenção do condado são obrigadas a trabalharem com o “ICE” para fazer cumprir as leis de imigração. E exige que essas agências de aplicação da lei “celebrem um acordo por escrito com o ‘mmigration and Customs Enforcement (ICE)’ para participar do programa 287(g)”, informa o comunicado expedido pelo depertamento de imprensa do governador.
E a partir da nova lei, é concedido aos policiais locais autoridade para fiscalizar o setor de imigração – abordar pessoas se necessário –, de acordo com o “Immigration Legal Resource Center.” Lembrando que em 2019, DeSantis assinou uma lei proibindo as chamadas “cidades santuários” – que protegem imigrantes sem documentos.
Contrabando de crianças
Ron DeSantis também solicitou à “Suprema Corte da Flórida” que institua um júri estadual para investigar o contrabando de crianças imigrantes indocumentadas para o estado. Questiona se os governos locais estão cumprindo os requisitos para transferir a custódia para o governo federal de imigrantes sem documentos, presos por crimes.
Também fica proibido, de acordo com a nova lei, que uma entidade governamental contrate empresa transportadora que forneça “intencionalmente qualquer serviço para promover o transporte” a pessoas que eles sabem que não têm documentos nos EUA, a menos que seja para fins de deportação ou detenção.
Os imigrantes presos por agentes na fronteira sul aumentaram nos últimos meses, para cerca de 239.000 no mês passado, acima dos mais de 235.000 em abril e mais de 222.000 em março.