A economia dos EUA superou as expectativas em 2023 e conseguiu evitar uma recessão com o produto interno bruto (PIB) real que cresceu 2,5%, o desemprego ficou abaixo dos 4%, o mercado de ações e os lucros das empresas a atingiram níveis recordes e os preços finas ao consumidor estão estabilizados.
A politica monetária da administração Biden baseada no aumento na oferta monetária e das politicas de estímulos fiscais são apontadas como os principais fatores que evitaram o país a entrar em recessão, porém um número crescente de especialistas afirmam que a imigração ajudou a evitar que a crise econômica se instalasse no país aumentando o tamanho da força de trabalho e do consumo, de uma forma que não era originalmente compreendido.
Falando num evento na semana passada, o presidente do Federal Reserve of the United States, Jerome Powell, observou que a imigração pode estar preenchendo algumas lacunas ainda não compreendidas pelos economistas e gestores públicos que poderiam explicar as razões pelas quais a economia dos Estados Unidos tem superado as expectativas mais pessimistas. “Isso explica realmente o que nos temos perguntado: como é que a economia pode ter crescido mais de 2,5% num ano em que quase todos os economistas externos previam uma recessão?” Powell disse.
Dados contraditórios de imigração de diferentes agências governamentais podem explicar a razão pela qual o mercado de trabalho tem repetidamente surpreendido positivamente os economistas, a criação de emprego em março deste ano atingiu 303.000 vagas, uma alta de 96,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
As estimativas do Census Bureau para 2023 indicou o crescimento da população residente no pais em mais de 1,7 milhões, cerca de 70% desse acréscimo populacional é vindo da imigração. Já as estimativas mais recentes do Gabinete Orçamental do Congresso (CBO) para esse ano de 2024 preveem que mais de 3,3 milhões de pessoas imigrem para os EUA, contribuindo para o aumento populacional acima de 1%, essas projeções do CBO mostram que os EUA estão renovando sua população devido a imigração e isto tem algumas implicações econômicas.
“É claro que há algo a ser considerado, esses números são significativamente mais elevados, tem muito mais pessoas trabalhando no pais”, disse Powell na semana passada, atribuindo o inesperadamente crescimento da economia americana em parte a força da mão de obra imigrante.
Embora tanto a dimensão da força de trabalho e da taxa de participação dessa força de trabalho tenham diminuído significativamente na sequência da pandemia, ambas as métricas observadas estão próximas do período da pré-pandemia.
A taxa de participação da “idade ativa máxima”, que considera pessoas que estão na faixa etária entre 25 e 54 anos, está em seu maior nível dos últimos 17 anos, com 83,4% da força de mão de obra dos Estados Unidos nessa faixa etária. Os economistas e gestores de politicas publicas estão prestando mais atenção no papel que a imigração desempenhou na normalização da economia americana.
Os efeitos de uma força de trabalho potencializada pela imigração é de aproximadamente 168 milhões de trabalhadores, em comparação com cerca de 165 milhões antes da pandemia.
Um estudo de 2016 do Departamento do Trabalho dos USA constatou que os rendimentos semanais médios dos trabalhadores nascidos no estrangeiro representavam apenas 83% dos rendimentos dos trabalhadores nascidos na América.
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