Cuidadora de menores de NY acusada de tráfico sexual de meninas que estavam aos seus cuidados

Um casal do Bronx é acusado de tráfico sexual de oito jovens mulheres incluindo duas meninas que estavam sob os cuidados da mulher como mãe adotiva. Sharice Mitchell, 51, e Kareem Mitchell, 38, foram acusados de conspiração e tráfico sexual no Tribunal Criminal de Manhattan por administrar uma rede de prostituição, disseram os promotores.

Pelo menos oito mulheres foram supostamente forçadas pelo casal a se prostituir em carros e hotéis pela cidade, de acordo com o Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan. Sharice, uma mãe adotiva certificada do Estado de New York, recrutou jovens vulneráveis nova-iorquinas que procuravam lares por meio do sistema de adoção, de acordo com a acusação. As duas jovens que Sharice Mitchell acolheu através do sistema de adoção e supostamente traficadas foram referidas apenas como “Indivíduo 1” e “Indivíduo 2”.

Sharice as recebeu sob seus cuidados em janeiro de 2019 e janeiro de 2020. Ambos as filhas adotivas rapidamente começaram a trabalhar como prostitutas para o marido, de acordo com a acusação. “Anúncios de prostituição foram postados menos de um mês após sua colocação com o réu”, disse a promotora assistente Lauren Breen sobre uma das jovens mulheres adotivas. Uma das mulheres tinha 24 anos, disseram os promotores. Eles não especificaram as outras idades, dizendo apenas que nenhuma das mulheres tinha menos de 18 anos. Em New York, os jovens podem deixar o lar adotivo quando atingem a idade de 18 anos, mas também podem optar por permanecer no abrigo até os 21 anos.

Kareem recrutou as mulheres através da mídia social e depois usou do abuso físico e verbal para coagi-las à prostituição, de acordo com os promotores. Kareem é um ex-presidiário e teve que se registrar como agressor sexual em 2008 por forçar uma garota de 17 anos a se prostituir. Ele cumpriu pouco menos de seis anos de prisão e foi liberado em liberdade condicional por cinco anos. Sharice, que foi presa em seu apartamento no Bronx, supostamente mentiu para o Escritório Estadual de Serviços para Crianças e Família em seu pedido, alegando que não tinha contato com Kareem e que nenhum criminoso sexual registrado morava em sua casa. Ela foi “cúmplice da operação de tráfico sexual de seu marido e o ajudou em seu empreendimento”, disse Breen. “Os traficantes sexuais têm como alvo as pessoas mais vulneráveis, incluindo jovens nova-iorquinos no sistema de bem-estar infantil”, disse o promotor público de Manhattan Alvin Bragg. “Em vez de fornecer um lar seguro, este marido e mulher forçaram oito jovens a se prostituírem”.