Nos primeiros nove meses de 2023, os Estados Unidos vivenciaram um aumento significativo no número de falências corporativas. Em comparação com o mesmo período de 2022, as falências cresceram mais de 60%, totalizando 516 casos. Este fenômeno financeiro afeta desde grandes corporações até startups, refletindo um cenário econômico desafiador.
A WeWork, conhecida por seus espaços de escritório compartilhados, entrou com pedido de recuperação judicial em 2023. Sua avaliação despencou de US$ 47 bilhões para menos de US$ 50 milhões, marcando um declínio acentuado. O primeiro trimestre de 2023 foi particularmente intenso, com o segundo maior número de pedidos de falência desde 2010, superado apenas pelo pico da pandemia de Covid-19 em 2020. As altas taxas de juros, que aumentaram os custos de empréstimos e obrigações de dívida, foram um dos principais fatores para este aumento. Outras causas incluem má gestão e excesso de alavancagem financeira.
Impacto no setor de criptomoedas
Em março, a crise no setor de criptomoedas exacerbou a situação. A SVB Financial, controladora do Silicon Valley Bank, declarou falência, tornando-se a maior quebra de empresa em ativos desde 2022. A Silvergate Capital, focada em criptomoedas, também buscou proteção contra falência após problemas de liquidez. A onda de falências no setor de criptomoedas incluiu grandes nomes como Three Arrow Capital, Voyager, Celsius, BlockFi e FTX. O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, enfrenta acusações de fraude, ilustrando a turbulência no setor.
Outras grandes corporações afetadas
Diversas cadeias físicas também sofreram com falências. Empresas notáveis como Cineworld, Bed Bath & Beyond, Party City e RiteAid declararam falência. Além disso, várias corporações com passivos acima de US$ 1 bilhão faliram. Entre elas, a Yellow Corp., responsável pelo desemprego de 30 mil funcionários, Bally Sports, ameaçando os direitos de transmissão de 42 equipes esportivas, e a SmileDirectClub, que viu sua capitalização de mercado despencar de US$ 8,9 bilhões para US$ 160 milhões.
// Reprodução: Bloomberg – O Globo.
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