JSNEWS – Alguns benefícios para a saúde de viver nas cidades podem estar diminuindo para crianças em grande parte do mundo, especialmente em países desenvolvidos como os Estados Unidos, Reino Unido e França, de acordo com um novo estudo publicado na revista “The Nature“, que analisou a relação da altura e o índice de massa corporal (IMC) de crianças e adolescentes avaliando os dados coletados de mais de 71 milhões de crianças que vivem em áreas urbanas e rurais de 200 países entre 1990 a 2020.
A pesquisa sobre “O desenvolvimento infantil no século 20º” havia comprovado que, anteriormente, as cidades podem oferecer uma gama de melhorias na educação, nutrição, esportes e saúde, contribuindo para que crianças e adolescentes em idade escolar sejam mais altos nas cidades do que nas áreas rurais da maioria dos países ricos. No entanto, no último estudo, os cientistas liderados pelo Imperial College London descobriram que essas vantagens urbanas estão diminuiu na maioria dos países do no início do século 21 devido as melhorias na qualidade de vida nas áreas rurais e essa melhoria, de acordo com os pesquisadores, é comprovada na estatura das crianças e adolescentes que vivem nessas áreas rurais.
Os pesquisadores também descobriram que as crianças que vivem nas cidades, em média, tinham um IMC ligeiramente maior do que as crianças nas áreas rurais em 1990 (O IMC permite medir se alguém está ou não com o peso ideal).
“As cidades continuam a oferecer benefícios de saúde consideráveis para crianças e adolescentes. Felizmente, na maioria das regiões, as áreas rurais estão alcançando as cidades graças ao saneamento moderno e melhorias na nutrição e saúde”, disse Anu Mishra, principal autor do estudo do Imperial College London, sobre o estudo que também constatou que os desníveis da qualidade de vida entre as áreas urbanas e rurais podem variar muito entre os diferentes países de renda média e baixa, enquanto nos países de alta renda as diferenças são pequenas.
Em alguns países de renda média, incluindo Chile e Brasil, os pesquisadores relatam os maiores ganhos na altura das crianças rurais ao longo das três décadas.
“Esses países fizeram grandes progressos ao usar os recursos do crescimento econômico para financiar programas de nutrição e saúde nessas comunidades rurais”, disse Majid Ezzati, outro autor do estudo. “A questão não é tanto se as crianças vivem em cidades ou áreas urbanas, mas onde vivem os mais pobres e se os governos estão combatendo as crescentes desigualdades com iniciativas como renda suplementar e programas de merenda escolar gratuita”, disse o Dr. Ezzati. “Nossas descobertas devem motivar políticas que combatam a pobreza e tornem os alimentos nutritivos acessíveis para garantir que crianças e adolescentes cresçam e se tornem adultos com vidas saudáveis e produtivas”.
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