À medida que as negociações orçamentárias continuam em Albany, no estado de New York, legisladores e defensores esperam que o estado libere fundos para imigrantes que não se qualificam para programas que oferecem cuidados de saúde.
De acordo com a Deputada Jessica Gonzales-Rojas, um plano de cobertura de saúde para indocumentados, que tem sido um tema debatido em nível estadual há muitos anos, poderá em breve se tornar uma realidade em NY. “Estamos em negociações com o gabinete do governador e, cautelosamente, posso dizer que as coisas parecem otimistas. Continuarei lutando até o fim”, disse ela, que representa o 34º Distrito da Assembleia, incluindo Jackson Heights, East Elmhurst, Woodside e Corona, no Queens.
González-Rojas é a co-patrocinadora do projeto de lei “Coverage for All”, ou Cobertura para Todos. A legislação alteraria a lei de serviços sociais em relação à cobertura de programas de serviços de saúde para nova-iorquinos indocumentados cujo status de imigração os impede de se qualificar para receber ajudar federal, como o Medicare.
“O imigrante, não apenas na cidade de New York, mas também no estado, nos ajudou a superar essa pandemia, por isso é tão importante garantir que eles tenham acesso à saúde”, acrescentou González-Rojas. “No momento, nossa comunidade indocumentada é marginalizada e excluída do Plano Essencial do Estado de New York, mesmo que atenda a todos os outros requisitos. Portanto, ‘Cobertura para Todos’ garantiria que a única barreira que os excluía desse plano, que é seu status de imigração, seja derrubada”, destacou.
A governadora Kathy Hochul, que propôs um plano orçamentário de US$ 216 bilhões, também sinalizou que negociaria o assunto, embora ainda precise alinhar os custos com os legisladores. À medida que os poderes Executivo e Legislativo se aproximam de aprovar o orçamento do estado, González-Rojas destacou que investir em cuidados preventivos custaria menos para o estado se olhar a longo prazo. “O plano é fiscalmente inteligente porque não estaríamos pagando pelo atendimento emergencial, que é menos eficaz e mais caro”, disse a parlamentar.
Os imigrantes representam 54% da força de trabalho essencial do estado, mas milhares não têm acesso ao seguro de saúde por causa de seu status de imigração, de acordo com a New York Immigration Coalition, uma iniciativa sem fins lucrativos que oferece serviços e defende os direitos dos não cidadãos.
De acordo com as leis atuais, os imigrantes indocumentados não podem usar o Medicaid ou a cobertura do Plano de Saúde Qualificado. As poucas opções disponíveis são o Medicaid durante a gravidez ou o Emergency Medicaid, um programa que cobre atendimento hospitalar de emergência para condições médicas agudas, mas não inclui cuidados de acompanhamento.
Cerca de 154.000 nova-iorquinos se beneficiariam imediatamente se o projeto de lei for aprovado.
Com informações da WWLP.com
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