O caso de um estudante de 19 anos que desenvolveu sepse e perdeu as pernas como resultado de comer restos de comida estragada se tornou viral graças a um vídeo do YouTube que já foi visto cerca de um milhão de vezes. Identificado apenas como “JC”, o caso foi relatado pela primeira vez em março passado no The New England Journal of Medicine.
Os autores do estudo relataram que JC foi internado na unidade de terapia intensiva pediátrica (PICU, sigla em inglês) como resultado de “choque, falência múltipla de órgãos e erupção cutânea”.
Ao ser admitido no Massachusetts General Hospital, JC apresentava uma temperatura muito alta, registrando mais 40 graus de febre e uma frequência cardíaca de 166 bpm, superior à frequência cardíaca média resultante de exercícios.
Depois que o paciente foi sedado, ele desenvolveu uma erupção arroxeada e foi levado de helicóptero para a PICU do hospital. A erupção logo se espalhou para o rosto, peito, abdômen, costas, braços e pernas de JC, poupando apenas as palmas das mãos e as solas dos pés. Esta era uma indicação de que sua pele estava morrendo.
A necrose de seus braços e pernas e o desenvolvimento de gangrena levaram a amputações de partes de todos os 10 dedos de JC e amputações de suas pernas abaixo dos joelhos.
De acordo com os autores do vídeo, “o paciente estava bem até 20 horas antes dessa admissão, quando uma dor abdominal e náusea se desenvolveram depois que ele comeu arroz, frango e sobras de lo mein, um prato chinês que tem como base macarrão de ovo”.
O que se seguiu foram episódios de vômitos acompanhados de calafrios, fraqueza, dores no peito, dores de cabeça, rigidez na nuca e até visão embaçada. Quando sua pele ficou descolorida, cerca de cinco horas antes da internação, um amigo decidiu levá-lo ao hospital.
Um amigo que comeu a mesma refeição disse à equipe do hospital que vomitou uma vez depois, mas não ficou doente. Após exames de sangue e urina, o jovem, que trabalhava meio período em um restaurante e estava hospedado na casa de um amigo por cinco dias após a admissão na faculdade, foi diagnosticado com uma infecção bacteriana potencialmente mortal chamada Neisseria meningitidis, que fez com que seu sangue coagulasse e o fígado falhasse.
A necrose da pele de JC foi o resultado de uma condição chamada “púrpura fulminante” — uma complicação rara e grave da septicemia meningocócica.
Os médicos descobriram que JC havia recebido apenas uma das três doses da vacina meningocócica e também havia recebido apenas uma dose da vacina meningocócica do sorogrupo B de duas ou três doses recomendadas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Os autores do artigo concluem dizendo que a recuperação de JC de sua condição foi “boa”. As bactérias podem crescer rapidamente em alimentos deixados à temperatura ambiente, de acordo com o WebMD, que recomenda reduzir o risco de intoxicação alimentar, os restos de alimentos devem ser refrigerados no máximo 2 horas após serem retirados de uma fonte de calor, como um forno ou uma bandeja de aquecimento.
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