Como os Aumentos dos Juros do Fed Americano Podem Afetar as suas Finanças nos Estados Unidos

A decisão do Federal Reserve (EUA), no dia 14 de dezembro (2022), de aumentar sua taxa básica em mais 0.5% e subindo na faixa de 4,25% para 4,5%, se fez concretizar o nível mais alto em 14 anos. O aumento mais recente do Fed – seu sétimo aumento de juros em 2022, tornará o custo de vida nos EUA ainda mais caro para consumidores assim como tornará empréstimos para imóveis, automóveis, etc, mais difíceis. Por outro lado, se você tiver dinheiro sobrando, ganhará um pouco mais em juros e em certos investimentos.

O aumento dos juros no dia 14 de dezembro, parte do esforço do Fed para conter a alta da inflação nos Estados Unidos, foi menor do que os quatro aumentos consecutivos anteriores de 0.75%. A desaceleração reflete, em parte, na flexibilização da inflação e o esfriamento da economia.

À medida que as taxas de juros continuem em aumento, muitos economistas dizem temer que uma recessão seja inevitável – e com ela, perdas de empregos que podem causar dificuldades para as famílias americanas já gravemente afetadas pela inflação.

Lembramos que em 2021 a inflação chegou a atingir 7,1%. O objetivo do Fed é desacelerar os gastos do consumidor, reduzindo assim a demanda por casas, carros e outros bens e serviços, eventualmente esfriando a economia e baixando os preços.

O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que aumentar agressivamente as taxas de juros traria “alguma dor” para as famílias, mas que isso é necessário para “esmagar” a alta inflação.

Quem são os mais afetados?

Basicamente, qualquer pessoa que peça dinheiro emprestado, de uma forma ou outra, seja usando cartões de credito e não o pagando por completo na data de vencimento ou na compra d uma casa ou carro que sejam financiados, etc. A elevação dos juros aumenta dramaticamente seus pagamentos mensais e seu custo final.

Vale lembrar esse fato mencionado acima porque, os indivíduos ou  famílias não sentem esses aumentos de imediato e por vezes se esquecem. Podemos até dizer que na mente da maioria dos consumidores (em 2022) está a preocupação “imediata” dos preços referentes aos mantimentos de casa (comida por exemplo) e o que está acontecendo nas bombas de gasolina. As taxas de juros podem ser algo complicado para os consumidores entenderem.

O fato é que os preços ainda estão subindo e tendem a continuar a subir no começo de 2023 e há sinais de que os residentes nos Estados Unidos estão cada vez mais contando com a válvula de escape dos cartões de crédito para ajudar a manter os seus gastos. Para se ter uma ideia, os saldos totais de cartões de crédito nos EUA ultrapassaram US$900 bilhões, de acordo com o Fed, um recorde, embora esse valor não seja ajustado pela inflação.

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